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Campinas confirma duas novas mortes por febre maculosa

Em junho, município enfrentou surto ligado a evento em fazenda; prefeitura realiza ações de conscientização sobre o carrapato-estrela

Por Paula Felix Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 3 ago 2023, 17h34 - Publicado em 3 ago 2023, 13h26

A cidade de Campinas, no interior paulista, registrou mais duas mortes por febre maculosa, doença transmitida pelo carrapato-estrela infectado por um tipo de bactéria. De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, um terceiro caso foi notificado, mas a pessoa infectada se curou. Em junho, o município enfrentou um surto da doença após um evento em uma fazenda. Com os novos registros, o número de mortes pela doença neste ano passa para cinco e sete casos foram confirmados.

A paciente que evoluiu para cura foi uma mulher de 49 anos que apresentou sintomas em 31 de maio e, segundo a pasta, se infectou em outra cidade. Um homem de 46 anos teve os primeiros sintomas em 5 de junho e morreu no dia 9. O local de infecção é investigado. A outra morte foi de um jovem de 18 anos, no dia 28 de julho, que teve como provável local de infecção a Fazenda do Exército – 28º Batalhão de Infantaria Mecanizada (BIMec).

A prefeitura de Campinas informou que realiza ações preventivas e educativas para evitar novos casos da doença e que, apenas neste ano, foram realizadas mais 100 atividades, entre visitas domiciliares, pesquisas acarológicas, vistorias e palestras.

“Outra providência foi a sanção da Lei 16.418, que obriga os estabelecimentos, produtores, promotores e organizadores de eventos realizados em locais sujeitos à presença do carrapato-estrela a informar sobre o risco de febre maculosa”, disse, em nota.

Surto

Em junho deste ano, a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo confirmou uma série de mortes pela doença, algumas relacionadas com um evento na Fazenda Santa Margarida, localizada no distrito de Joaquim Egídio (em Campinas), no fim de maio. A última morte pela doença tinha sido divulgada em 16 de junho e foi de uma mulher do município de Americana, de 58 anos. O caso não tinha ligação com o surto da doença em Campinas, onde outras quatro pessoas morreram.

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Umas das vítimas foi uma adolescente de 16 anos. Outra vítima foi o empresário e piloto do Campeonato Paulista de Automobilismo (C300 Cup) Douglas Costa, de 42 anos, que morreu no dia 8 de junho. Ele e a namorada, uma dentista de 36 anos que morava na capital, estiveram na fazenda, e apresentaram febre, dores e manchas pelo corpo.

Segundo a prefeitura de Jundiaí, cidade onde Costa morava, ele foi internado no dia 7 em um hospital particular e médicos investigavam suspeita de dengue, leptospirose ou febre maculosa. No dia seguinte, ele morreu. A namorada do piloto morreu no mesmo dia.

A prefeitura de Campinas confirmou ainda a morte de uma mulher de 28 anos moradora de Hortolândia, que esteve no mesmo evento e também morreu no dia 8.

A Secretaria de Estado da Saúde até esta quinta-feira, 3, foram confirmados 22 casos e 12 óbitos pela doença em todo o estado.

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Febre maculosa

A febre maculosa é causada pelo carrapato-estrela infectado pela bactéria Rickettsia rickettsii e tem como principal sintoma a febre alta, algo que costuma fazer com que ela seja confundida com outras doenças. A transmissão ocorre após o carrapato ficar, ao menos, quatro horas fixado à pele.

Assis, as regiões mais periféricas da região metropolitana de São Paulo e o litoral paulista são regiões onde a doença é detectada, mas os casos se concentram em Campinas e Piracicaba.

A secretaria recomenda que “pessoas que moram ou se deslocam para áreas de transmissão estejam atentas ao menor sinal de febre, dor no corpo, desânimo, náuseas, vômito, diarreia e dor abdominal e que procurem um serviço médico informando que estiveram nessas regiões para fazer um tratamento precoce e evitar o agravamento da doença”. Regiões onde há transmissão de febre maculosa em São Paulo podem ser encontradas aqui.

O tratamento é feito com um tipo específico de antibiótico que deve ser administrado dois a três dias após a manifestação dos sintomas e tomados por dez a catorze dias.

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