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Brasil supera os 4,2 milhões de casos de dengue previstos para 2024

Número é o mais alto registrado na série histórica com dados desde 2000; óbitos também batem recorde e estão em 2.149 episódios

Por Paula Felix Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 8 Maio 2024, 14h04 - Publicado em 2 Maio 2024, 17h58

Em meio ao maior surto de dengue dos últimos 24 anos, o Brasil bateu a estimativa de 4,2 milhões de casos da doença previstos para todo o ano de 2024 nesta quinta-feira, 2. Segundo o Painel de Monitoramento das Arboviroses do Ministério da Saúde, o país soma 4.235.302 registros da doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti e 2.149 mortes. Outros 2.271 óbitos estão em investigação.

No início de fevereiro, o ministério divulgou a estimativa de que o número de casos de dengue no país pode chegar a 4,2 milhões em 2024.

“A estimativa do Ministério da Saúde é de que a gente chegue a 4,2 milhões de casos. Nunca chegamos a esse número, por isso a preocupação com a pressão que pode acontecer nos centros de saúde”, disse, na ocasião, Ethel Maciel, secretária da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente.

Neste ano, o país bateu bateu os recordes de episódios e mortes pela doença da série histórica com dados desde o ano 2000. Em todo o ano passado, foram 1.658.816 casos de dengue. Antes disso, a maior crise da doença tinha ocorrido em 2015, quando foram feitas 1.688.688 notificações. Em relação às mortes, o ano passado mantinha o recorde, com 1.094 óbitos, seguido por 2022, que registrou 1.053.

A forte alta de casos de dengue é notada desde as primeiras semanas de 2024 e, em menos de três meses, o número de casos no país já ultrapassou os registros de todo o ano de 2023.

Vacina contra a dengue

O Distrito Federal e o estado de Goiás foram os primeiros a receber doses da vacina contra a dengue, dando início à campanha de imunização que, no momento, está concentrada na faixa dos 10 aos 14 anos de idade. Além dessas localidades, Acre, Amazonas, Bahia, Espírito Santo, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Roraima, Santa Catarina, São Paulo e Tocantins também receberão doses, que seriam distribuídas, inicialmente, a 521 municípios. Como doses não foram utilizadas e algumas estavam perto do vencimento, o ministério fez uma redistribuição e incluiu novas cidades na lista.

O ministério informou que a terceira remessa da vacina da dengue contemplou 686 municípios do país e, até o momento, 930 mil doses foram distribuídas.

“A pasta adquiriu todo o estoque disponível de vacinas contra a dengue para 2024 e 2025. Até o final deste ano, o Brasil receberá 5,2 milhões de doses, além da doação de 1,3 milhão de doses. Isso permitirá a vacinação de 3,2 milhões de pessoas com as duas doses que completam o esquema vacinal.”

Eles foram selecionados por serem locais com mais de 100 mil habitantes que estão com predominância do sorotipo 2 da doença e tiveram números altos de notificações desde o ano passado. Também são pontos que registraram índices elevados de infecção nos últimos dez anos.

O grupo prioritário foi escolhido por ser o mais afetado por episódios que levam à internação.

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Em outubro do ano passado, a OMS recomendou a vacinação contra a doença com foco principalmente em crianças e adolescentes de 6 a 16 anos em países endêmicos, caso do Brasil. Por aqui, o imunizante Qdenga, da farmacêutica japonesa Takeda, foi liberado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) meses antes, em março.

O Ministério da Saúde seguiu a recomendação da entidade e decidiu ofertar o imunizante para essa faixa etária. Com a medida, o Brasil se tornou o primeiro país a incluir a vacina no sistema público de saúde.

Reações adversas da vacina

O Ministério da Saúde apresentou esclarecimentos sobre uma nota técnica com dados sobre eventos adversos relacionados à vacina contra dengue, a Qdenga, incorporada no Programa Nacional de Imunizações (PNI) e aplicada no público de 10 a 14 anos.

Segundo o documento, entre as 365 mil doses aplicadas das redes pública e privada, foram relatadas 529 notificações, das quais 70 foram reações alérgicas, como hipersensibilidade e anafilaxia.

Os casos são considerados raros e especialistas recomendam que os pais continuem levando os filhos aos postos de vacinação para protegê-los contra a infecção causada pelo mosquito Aedes aegypti.

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