A 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) negou habeas corpus ao pecuarista José Carlos Bumlai, amigo do ex-presidente Lula. A Turma referendou decisão do relator da Operação Lava Jato na Corte, ministro Teori Zavascki, em decisão que se deu sem discussões durante a sessão de julgamentos.
Zavascki negou, no dia 9 de dezembro, o habeas corpus proposto pela defesa do pecuarista. O ministro do STF justificou que a decisão se deu para não gerar “supressão de instâncias”, já que o pedido de liberdade ainda não foi analisado por órgão colegiado do Superior Tribunal de Justiça (STJ). “O habeas corpus foi impetrado diretamente contra decisão monocrática emanada de ministro do STJ”, escreveu Zavascki.
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Preso na 21ª fase da Operação Lava Jato, Bumlai alegava que sua prisão era ilegal. Ele utilizava a amizade que tinha com o ex-presidente Lula em negociações empresariais e, segundo os investigadores do escândalo do petrolão, o empresário atuou diretamente em um esquema de corrupção envolvendo a contratação da Schahin pela Petrobras para operação de um navio sonda. A transação só ocorreu após o pagamento de propina a dirigentes da Petrobras, ao próprio pecuarista e ao PT.
De acordo com a força-tarefa da Lava Jato, o pagamento de dinheiro sujo foi camuflado a partir da simulação de um empréstimo no banco Schahin no valor de 12,17 milhões de reais.
O pecuarista está em prisão preventiva na superintendência da Polícia Federal em Curitiba (PR).
(com Estadão Conteúdo)