Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Advogado descarta delação de Bumlai: ‘Não busca prêmio’

Criminalista Arnaldo Malheiros afirmou que o amigo do ex-presidente Lula não pretende fechar um acordo de colaboração com investigadores da Operação Lava Jato

Por Laryssa Borges Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 14 jan 2016, 14h53

O criminalista Arnaldo Malheiros, que integra a defesa do empresário José Carlos Bumlai na Operação Lava Jato, descartou nesta quinta-feira que o pecuarista amigo do ex-presidente Lula pretenda fechar um acordo de delação premiada com o Ministério Público ou esteja em busca de algum “prêmio” dos investigadores do petrolão, como a redução de pena em uma eventual condenação. Bumlai participa na tarde desta quinta de uma acareação com o lobista Fernando Baiano, apontado pelo MP como operador do PMDB na Lava Jato. Os dois foram colocados frente a frente para esclarecer a participação do ex-ministro da Casa Civil Antonio Palocci como arrecadador de dinheiro para a campanha da petista Dilma Rousseff, em 2010.

“Ele não é colaborador, não faz delação e não está buscando prêmio nenhum”, afirmou Malheiros.

Leia mais:

A colegas da cadeia, Bumlai explica por que a Andrade Gutierrez tira o sono do PT

Com sangramento, Bumlai recebe autorização para ir a hospital

Continua após a publicidade

Bumlai, que está preso desde o final de novembro, depôs em dezembro nas investigações sobre a atuação de Palocci no escândalo do petrolão e negou ter promovido uma aproximação entre o ex-ministro e o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa para a discussão de dinheiro fruto de propina para a campanha de Dilma. Em acordo de delação premiada, o próprio Paulo Roberto Costa afirmou que, em 2010, o doleiro Alberto Youssef intermediou, em nome do ex-ministro, propina de 2 milhões de reais para a campanha da petista. Os valores deveriam ser retirados da propina de 2% cobrada pelo Partido Progressista (PP) em contratos com a Petrobras. “No ano de 2010, [Paulo Roberto] acredita que quando Antonio Palocci já não ocupava nenhum cargo no governo federal, recebeu uma solicitação, por meio de Alberto Youssef, para que fossem liberados 2 milhões de reais do caixa do PP, para a campanha presidencial de Dilma Rousseff”, diz trecho da delação do ex-diretor da petroleira.

Também em acordo de delação premiada, o lobista Fernando Baiano disse à força-tarefa da Lava Jato que o pecuarista amigo do ex-presidente Lula agendou a reunião em que Palocci teria pedido 2 milhões de reais para a campanha de Dilma em troca do apoio do PT à permanência de Costa no cargo de cúpula da Petrobras. Fernando Baiano informou ao Ministério Público que, na tentativa de emplacar um contrato entre a empresa OSX, do ex-bilionário Eike Batista, com a Sete Brasil, empresa gestada no governo Lula para construir as sondas de exploração do petróleo do pré-sal, Bumlai foi acionado para interceder junto a Lula. Em troca, o pecuarista teria recebido comissão de 2 milhões de reais, que acabaram repassados a uma nora do ex-presidente para a quitação da dívida de um imóvel.

“Nunca houve transferência para a nora do Lula. Os 2 milhões de reais existiram, mas foram para ele. Ele estava com uma dificuldade de caixa e usou isso para ele. Bumlai nunca teve proximidade nenhuma com Palocci ou com Paulo Roberto Costa. Por isso, não seria ele essa pessoa a fazer a intermediação [da reunião em que teria sido negociado dinheiro para a campanha de Dilma]”, disse o advogado de Bumlai.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.