Cerca de 1.000 integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) se agruparam a cerca de 300 metros da sede da Justiça Federal, em Curitiba, fora do cordão de isolamento da Polícia Militar, para recepcionar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na chegada para o depoimento ao juiz Sergio Moro.
Os grupos chegaram de caravana na manhã desta quarta-feira e se instalaram a via por onde deve passar o ex-presidente. Lula chegou à Curitiba na terça-feira, por volta da meia-noite, de carro. Até agora, apenas os sem-terra se mobilizaram para dar apoio ao petista – outras entidades, como a Central Única dos Trabalhadores (CUT), havia prometido mobilização, mas isso não ocorreu até agora.
A expectativa é que o ex-presidente, ao deixar o prédio da Justiça Federal, se dirija à Praça Generoso Marques, no centro da capital paranaense. O local foi o destinado pela Secretaria de Segurança Pública do Paraná (Sesp) para o agrupamento dos atos em favor do petista.
A Polícia Militar não tem uma contagem oficial dos manifestantes pró-Lula, mas disse ter recebido informação dos organizadores de que a expectativa era que o número chegasse a 5.000 ao longo do dia.
O governo do Paraná reservou a área do Museu Oscar Niemeyer para a concentração de apoiadores da Operação Lava Jato e do juiz Moro. Até o final da manhã, não havia nenhum manifestante no local.
Lula é acusado de receber propina da Odebrecht, oriunda de contratos da Petrobras, por meio da compra de um terreno para abrigar o Instituto Lula – o imóvel nunca foi usado – e de um apartamento vizinho ao que o ex-presidente mora, em São Bernardo do Campo (SP). O petista nega todas as acusações.
Veja a concentração de manifestantes pró-Lula perto do prédio da Justiça Federal.