Propina pagou mini-buggies e vestidos da mulher de Cabral
O ex-governador do Rio de Janeiro foi preso na manhã desta quinta-feira em seu apartamento no Leblon, Zona Sul do Rio
Os valores de propinas pagos ao ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral, preso preventivamente nesta quinta-feira na Operação Calicute, foram destinados a compra de artigos de luxo, móveis, eletrodomésticos, mini-buggies, equipamentos agrícolas e seis vestidos de festa para a ex-primeira-dama Adriana Ancelmo.
Ainda segundo as investigações, Cabral recebeu ao menos 2,7 milhões de reais entre os anos de 2007 e 2011, da empreiteira Andrade Gutierrez, por meio de entregas de dinheiro em espécie, realizadas por executivos da empresa para emissários do então governador.
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A força-tarefa da Operação Lava Jato constatou que as compras dos artigos eram realizadas com dinheiro em espécie. O procurador Athayde Ribeiro Costa afirmou durante coletiva nesta quinta que, em 2007, houveram depósitos fracionados na conta de Cabral e também na conta de Carlos Miranda, apontado como operador dos valores.
As investigações também apontaram que diversas reuniões para tratar dos pagamentos de propina foram realizadas no escritório de Cabral e Miranda e também no próprio Palácio da Guanabara, sede do governo do Rio de Janeiro.