Por eleição a deputado, ministro da Saúde deixará cargo em abril
Além de Ricardo Barros, que disputará reeleição pelo Paraná, doze ministros têm mandatos na Câmara. Governo teve três baixas no último mês
O ministro da Saúde, Ricardo Barros, confirmou nesta quinta-feira que será um dos ministros que deixarão o governo do presidente Michel Temer (PMDB) para disputar as eleições deste ano. Em coletiva de imprensa para anunciar a execução orçamentária da pasta em 2017, Barros disse que ficará no cargo até o dia 7 de abril, prazo para desincompatibilização de candidatos que ocupem cargos públicos. Ele deve disputar a reeleição a deputado federal pelo Paraná.
Além do ministro da Saúde, outros integrantes do primeiro escalão do governo Temer deixarão os cargos para disputar o pleito. Treze ministros, incluindo Ricardo Barros, têm mandatos de deputado federal e, caso não disputem as eleições ou não sejam reeleitos, perderão o foro privilegiado no Supremo Tribunal Federal (STF).
O mandato do chanceler Aloysio Nunes Ferreira (PSDB) como senador por São Paulo termina neste ano e ele já declarou ser candidato à reeleição. Outro que pode deixar o cargo até abril para concorrer é o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles (PSD). Em novembro, ele declarou a VEJA que é presidenciável”.
No último mês, três ministros que devem disputar o pleito de 2018 pediram demissão de seus cargos a Michel Temer. O primeiro deles foi o ex-ministro da Secretaria de Governo Antonio Imbassahy (PSDB), que deixou o cargo no início de dezembro, seguido por Ronaldo Nogueira (PTB), ex-ministro do Trabalho, exonerado na semana passada, e Marcos Pereira (PRB), que nesta quarta-feira entregou sua carta de demissão do Ministério de Indústria, Comércio Exterior e Serviços ao presidente.
Imbassahy foi substituído pelo deputado federal Carlos Marun (PMDB-MS) e Nogueira deu lugar à também deputada Cristiane Brasil (PTB-RJ), cuja nomeação à pasta foi oficializada nesta quinta-feira. Ainda não há definição sobre o sucessor de Pereira.