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PF investiga repasses da Feira da Madrugada para PR

Inquérito aberto em 2010 pela Polícia Federal a pedido do MP apura pagamentos mensais de 150.000 de administradores da feira ao Ministério dos Transportes

Por Adriana Caitano
28 set 2011, 14h33
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  • Um relatório que será apresentado esta tarde pelo deputado federal Fernando Francischini (PSDB-PR), responsável pelo processo disciplinar contra o deputado Valdemar Costa Neto (PR-SP) no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados, aponta uma parceria suspeita entre os ex-administradores da Feira da Madrugada, Geraldo de Souza Amorim, assassinado na semana passada, e Ailton de Oliveira e o Ministério dos Transportes, comandado pelo PR.

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    Grande centro de compra popular que reúne ambulantes na região central de São Paulo, a Feira da Madrugada funciona em uma área alugada. Geraldo Amorim foi sócio da empresa GSA que obteve, em 2004, permissão da Rede Ferroviária Federal (RFFSA) para montar a feira em um terreno do espólio da antiga estatal . Em 2010, a empresa foi afastada da administração do negócio. As suspeitas sobre o relacionamento de dirigentes da feira com políticos vieram à tona em julho, com a divulgação de uma carta que relatava a cobrança de propina pelo PR em troca do comando do local.

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    Inquérito aberto pela Polícia Federal (PF) em 2010 a pedido do Ministério Público Federal (MPF) apura repasses mensais de 150.000 reais dos ex-administradores para a pasta em troca da concessão do local onde funciona a feira, na região central da capital paulista. O terreno, da União, era administrado pelo Ministério dos Transportes. Por ser pública, a área deveria passar por processo licitatório para ser concedida à iniciativa privada. No entanto, não houve concorrência para que os administradores usassem o local.

    Segundo o deputado Fernando Francischini, as suspeitas investigadas pela PF recaem sobre dois fatores: o baixo valor dos repasses em comparação ao valor do terreno e o fato de não ter ocorrido licitação para a concessão do espaço à iniciativa privada. “O terreno vale milhões e a feira arrecadava muito dinheiro. Por isso, o Ministério Público considerou suspeito o pagamento de um valor tão baixo pela área”.

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    Propina – As investigações da PF sobre os repasses mensais ao Ministério dos Transportes começaram um ano antes da divulgação de uma carta assinada pelo vereador de São Paulo Agnaldo Timóteo (PR) e direcionada a Geraldo Amorim que relatava a cobrança de propina no valor de 300.000 reais feita por Valdemar para que o administrador permanecesse no cargo. “Os maus conselheiros te levaram a peitar Valdemar e, lamentavelmente, te ajudaram a perder sua galinha com ovos de ouro. Que pena!”, dizia Timóteo, na carta, divulgada em 31 de julho deste ano.

    Com o texto em mãos, o deputado federal Ivan Valente (PSOL-SP) pediu a abertura de processo disciplinar no Conselho de Ética contra Valdemar e que o MPF e a PF abrissem uma investigação sobre o caso. Sabe-se agora que o envolvimento de Valdemar com a feira já era investigado.

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    Em sua argumentação, Francischini vai citar o assassinato mal explicado de Geraldo Amorim, na semana passada. Assassinado a tiros em sua fazenda em Tatuí, interior de São Paulo, ele seria uma das testemunhas contra o parlamentar no Conselho de Ética.”Com um inquérito desses aberto, como se pode inocentar o deputado Valdemar, que tinha profundas ligações com o ministério?”, questiona Francischini.

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