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Assassinado empresário que acusou Valdemar Costa Neto de cobrar propina

Geraldo Amorim era administrador da Feira da Madrugada e relatou caso de corrupção no empreendimento comandado pelo PR

Por Adriana Caitano
20 set 2011, 17h41

O empresário e ex-administrador da Feira da Madrugada de São Paulo Geraldo de Souza Amorim morreu na madrugada desta terça-feira após ser baleado no sítio em que morava em Tatuí, no interior do estado, na noite de sábado. Em julho, Amorim acusou dois caciques do PR de São Paulo – os deputados Milton Monti e Valdemar Costa Neto – de pedir propina para mantê-lo no comando da feira. Amorim era uma das principais testemunhas do caso de corrupção que já era investigado pela Polícia Federal (PF) e seria chamado para depor contra Costa Neto no processo disciplinar aberto contra o deputado no Conselho de Ética da Câmara.

O titular da delegacia de Tatuí, Alexandre Andreucci, que investiga a morte do empresário, afirma que o assassinato não tem ligação com o caso da Feira. “A família tem certeza que o interesse foi no dinheiro somente”, afirma. Segundo o delegado, cinco homens invadiram o sítio de Amorim e renderam a vítima e a mulher no sábado.

De acordo com o investigador, os criminosos sabiam onde a família guardava facas e utensílios valiosos. “Um deles havia trabalhado no local e sabia que o empresário levava de 300.000 a 700.000 reais da Feirinha da Madrugada para casa nos finais de semana”, relata Andreucci.

O segurança da casa reagiu e iniciou um tiroteio com os assaltantes. Além de Geraldo Amorim, dois criminosos ficaram feridos. Eles foram presos com 1.000 reais retirados da vítima. A polícia já identificou os outros três e aguarda que a Justiça autorize a prisão do grupo. “O crime está totalmente esclarecido, nada resta de nebuloso”, assegura o delegado.

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Apuração – No entanto, o deputado federal Ivan Valente (PSol-SP), que apresentou pedido ao Ministério Público Federal de São Paulo (MPF-SP) para investigar o caso de corrupção na Feira da Madrugada, acredita que a apuração sobre a morte de Amorim deve ser mais aprofundada. “A polícia descartar tão rapidamente a possibilidade de um crime político depois de todas as denúncias feitas sobre o caso é precipitado”, comenta o parlamentar.

Há dois meses, Valente teve acesso a uma carta assinada pelo vereador de São Paulo Agnaldo Timóteo (PR) indicando que integrantes do partido cobravam 300.000 reais por mês de Geraldo Amorim. Timóteo relata também que a história foi levada ao prefeito da capital paulista, Gilberto Kassab, e ao presidente do PR e ex-ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento.

No documento, o vereador também diz que “peitar o Valdemar” teria feito com que Amorim perdesse a administração da feira. O original da carta foi registrado no décimo Cartório de Registro de Títulos e Documentos de São Paulo.

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