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O que levou o Twitter a bloquear ‘por engano’ a conta de Eduardo Bolsonaro

Postagem sobre Venezuela e escândalos do PT culminou na suspensão temporária da conta do filho Zero Três do presidente da República. Plataforma alega erro

Por Rafael Moraes Moura 12 fev 2022, 11h24

“Você pegaria seu dinheiro e investiria em ações já condenadas da Venezuela? Tenho certeza que não. Mas isso foi um dos crimes que o PT cometeu com o dinheiro público, destruindo a vida de milhares de brasileiros. Quer entender? Saiba mais nesse vídeo”, escreveu no último dia 5 o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) em sua conta pessoal no Twitter. No vídeo, de um minuto e trinta e cinco segundos, o filho Zero Três do presidente da República reforça as críticas aos escândalos de corrupção que marcaram os governos da legenda do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

“Na CPI dos Fundos de Pensão, o rombo que se calculou foi 111 bilhões de reais. E aí depois você soma mensalão, mais petrolão, mais Castelo de Areia e outras operações da PF, mas eles são acostumados a fazer isso. Eles são acostumados a comprar papel podre da Venezuela. No Postalis, o rombo foi de 9 bilhões. Aí falam que o PT é socialista, tem pena de pobre. Não. Quanto mais pobre dependendo do Estado, melhor pra eles”, atacou o parlamentar. “Chega a ser vergonhoso você dizer que o Lula pode concorrer depois à Presidência da República. É bizarro. Você não tem muita dificuldade para escolher um candidato este ano.” A postagem, que antecipou o clima da campanha eleitoral de 2022, levou a plataforma a suspender temporariamente a conta do deputado. “Por engano”, segundo o próprio Twitter.

Após a postagem, Eduardo Bolsonaro foi notificado pelo Twitter que violou as regras da empresa e teria de aguardar um período de 12 horas para que pudesse voltar a usar a plataforma. “Eles não dizem nem qual post eu violei a tal política da comunidade. E lá vou eu mais uma vez tratar com advogados a questão”, escreveu o parlamentar. Procurado por VEJA, o Twitter esclareceu o episódio, atribuindo a medida a um “engano” e erro de “sistemas automatizados”. A conta do filho de Bolsonaro é seguida por 2,2 milhões de usuários.

“Esta publicação foi identificada erroneamente por nossos sistemas automatizados como estando em violação a nossas regras. Como acontece nesses casos, o usuário recebeu um e-mail pedindo que ele removesse o Tweet em violação para ter sua conta liberada para uso. Antes mesmo do cumprimento dessa etapa, o erro foi identificado e a conta foi restabelecida”, informou o Twitter à reportagem. Segundo o Twitter, a conta foi bloqueada por um “curto período” — a empresa, no entanto, não informou por quanto tempo a restrição foi imposta.

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“Trabalhamos com uma combinação de tecnologia e análise humana para identificar violações a essas políticas e tomar as medidas cabíveis com base nessas regras. Temos uma equipe que trabalha ao redor do mundo, em idiomas incluindo o português, para essas análises e investimos de forma recorrente em nossos sistemas e em treinamentos de nossas equipes para aprimorar a detecção de potenciais violações e a tomada de medidas corretivas”, acrescentou o Twitter.

O episódio reacendeu a discussão envolvendo o bloqueio de perfis de políticos.  O projeto do novo Código Eleitoral impede o banimento, o cancelamento, a exclusão ou a suspensão de conta de candidato a cargo eletivo durante a campanha. Conteúdos e postagens controversos, com fake news e ataques a instituições, até podem ser removidos, mas as contas desses políticos não poderiam mais ser tiradas do ar.  O texto já foi aprovado na Câmara, mas precisa do aval de senadores para entrar em vigor.

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