Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

No Rio, até prefeitura está irregular com os Bombeiros

Centro Administrativo São Sebastião, onde fica o gabinete do Prefeito Eduardo Paes, não tem certificado de aprovação da corporação. Bombeiros vistoriaram o prédio nesta segunda-feira

Por Pâmela Oliveira, do Rio de Janeiro
4 fev 2013, 17h42

Por email, a reportagem do site de VEJA solicitou a relação de adaptações exigidas pelos bombeiros à prefeitura. O Corpo de Bombeiros respondeu o seguinte: “O teor do relatório é restrito às rotinas internas da corporação”

A partir da onda de regularizações e inspeções deflagrada pela tragédia da boate Kiss, em Santa Maria, autoridades públicas e empresários correram para ficar em dia com as normas de segurança contra incêndios. Descobrir que a irregularidade é o padrão – não a exceção – foi, para o grande público, surpreendente. Nesta segunda-feira, no Rio de Janeiro, o alcance da informalidade nesse sentido ultrapassou as raias do absurdo. O Centro Administrativo São Sebastião (CASS), prédio da prefeitura na Cidade Nova, conhecido como “Piranhão”, até hoje não tinha o documento do Corpo de Bombeiros atestando a conformidade com a legislação e as normas de segurança contra incêndios. Só nesta segunda-feira, depois de uma informação publicada pelo jornal O Dia, uma equipe dos bombeiros esteve no edifício.

Inaugurado em 1982, o CASS ocupou a região onde antes existia a Vila Mimosa, repleta de prostitutas – daí o apelido popular de “Piranhão”. Desde 2009, veio a pública uma irregularidade do prédio: o edifício que abriga o gabinete do prefeito, no 13º andar, e que recebe cerca de 6.000 pessoas por dia, entre funcionários e visitantes, não tinha o Habite-se, documento emitido pelo próprio município e que libera as construções para uso. Um detalhe pertinente: até esta segunda-feira, o Habite-se para o CASS também não tinha sido emitido.

A assessoria do prefeito Eduardo Paes não explicou a razão para o município não ter providenciado o Habite-se do prédio, mesmo depois de ter sido alertado sobre a ausência do documento há quase quatro anos. Na época, Paes prometeu regularizar a situação.

Às 18h30, o Corpo de Bombeiros divultou nota informando que realizou uma “vistoria preventiva para análise dos quesitos de segurança contra incêndio e pânico foi realizada hoje no prédio”. “A corporação informa que o prédio tem projeto aprovado no CBMERJ (Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro) e dispõe dos dispositivos de proteção necessários. Alguns ajustes foram apontados e indicados pela equipe técnica aos responsáveis através de notificação. Não há razão para interdição. O prazo de adequação é de 180 dias”, diz a nota.

Continua após a publicidade

Por email, a reportagem do site de VEJA solicitou a relação de adaptações exigidas pelos bombeiros à prefeitura. O Corpo de Bombeiros respondeu o seguinte: “O teor do relatório é restrito às rotinas internas da corporação”.

Leia também:

Falta botar ordem na casa

Tragédia em Santa Maria

Às escuras: cidadão não tem como saber se casas noturnas estão em dia com o Corpo de Bombeiros

A corrida aos extintores: venda de equipamento de segurança dispara no Rio e em São Paulo

Prefeitura de SP mantém abertas as boates que prometeu interditar

Dono da Kiss diz que não sabia dos fogos na boate

O velório do 237º morto na tragédia

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.