A corrida aos extintores: venda de equipamento de segurança dispara no Rio e em São Paulo
Depois da tragédia no Sul, empresários buscam itens de segurança e projetos técnicos para adequar espaços às normas de prevenção do Corpo de Bombeiros
Por Pâmela Oliveira e Jean-Philip Struck
31 jan 2013, 12h02
A proporção exata de estabelecimentos comerciais e casas noturnas sem segurança contra incêndio é um mistério. Mas o comportamento identificado no mercado de equipamentos obrigatórios de segurança, nas duas maiores cidades do país, mostra que a tragédia da boate Kiss, que matou 236 pessoas em Santa Maria, no Rio Grande do Sul, acendeu a luz amarela para comerciantes e donos de estabelecimentos de entretenimento. Rio e São Paulo fazem parte de um grupo de cidades que anunciaram reforço na fiscalização das condições de segurança dos locais públicos, com óbvia ênfase nas casas noturnas. Um levantamento publicado no jornal O Globo desta quinta-feira aponta nada menos que 49 espaços culturais – alguns deles entre os principais da capital fluminense – sem autorização dos bombeiros. Entre eles, nove dos 10 teatros da própria prefeitura.
A festa, por enquanto, é do mercado de venda de extintores e equipamentos de segurança. Na PRL Comércio de Extintores e Equipamentos contra Incêndios, em São Cristóvão, Zona Norte do Rio, a procura foi tão grande que no fim da tarde de quarta-feira não havia extintores de 6 quilos de CO2 e de pó químico. Funcionária da loja, Caroline Domingues explicou que o comércio costuma ter entre 100 e 200 cilindros no estoque. “Vendemos mais de cem extintores em um dia. As pessoas estão com medo da fiscalização. Um dos nossos clientes, uma empresa de manutenção, comprou 60 extintores”, contou Caroline.
O telefone da loja não parou de tocar desde que, depois da tragédia no Sul, começou a onda de aumento no rigor da fiscalização. Clientes procuravam itens como barras antipânico para portas e placas fotoluminescente de sinalização de saída e de rota. Em poucas horas foram vendidas mais de 200. “Já pedimos mais uma caixa”, disse Caroline, enquanto anotava pedidos de um comprador que ao telefone pedia que ela reservasse placas de saída em inglês e em português.
Projetos – Em São Paulo, depois da tragédia de Santa Maria, as empresas especializadas registraram aumento de 30% a 80% em pedidos de elaboração de projetos contra incêndio e na venda de equipamentos de segurança. A procura está sendo liderada por condomínios e indústrias. “Eles estão com medo de um provável aumento na fiscalização”, diz Julio Cercos, auxiliar da empresa TCSA, que elabora projetos de sistemas contra incêndio. Segundo ele, a procura por serviços da empresa aumentou 30% nos últimos dias.
Além dos equipamentos, comerciantes buscam informação para se adequar. Em São Paulo, na SP Equipamentos, as encomendas de projetos de combate a incêndios em instalações industriais saltaram de uma na semana passada para sete nos três dias posteriores ao incêndio em Santa Maria. Ruth Rabelo, gerente da Firex, afirmou que a procura por informações teve um salto. “Tem gente procurando informações sobre projetos, se é necessário ter extintor na cozinha, até coisas que não são comuns no Brasil. Muita gente passou a ficar mais preocupada depois desse incêndio”, diz Ruth.
A 'laranja podre' na energia elétrica e a reação de Lira contra o governo
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, voltou a defender nesta quarta-feira,17, uma modernização dos contratos de distribuição de energia elétrica. Silveira, que se encontrou com o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, para tratar da concessão envolvendo a Enel, foi questionado por jornalistas sobre a reunião, e afirmou ter laranjas podres no segmento de energia. A questão envolvendo a Enel e o desgaste do governo federal com o presidente da Câmara, Arthur Lira são destaques do Giro VEJA.
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