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Na CPI, Perillo vai questionar veracidade de grampos da PF

Governador falá nesta terça à comissão e tentará descolar a sua imagem de Cachoeira. Mas a venda da casa e depoimento de radialista o assombram

Por Laryssa Borges Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 12 jun 2012, 10h05

Assim como as defesas do contraventor Carlinhos Cachoeira e do senador Demóstenes Torres (sem partido-GO), que alegam que as interceptações telefônicas captadas na operação Monte Carlo, da Polícia Federal, foram divulgadas de forma distorcida e editada, o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), tentará colocar em xeque a veracidade dos grampos feitos pela PF e buscar se descolar da imagem de que teria relações próximas com o bicheiro.

No aguardado depoimento que presta nesta terça-feira à comissão de inquérito, o político também deverá afirmar que ele próprio pediu para ser ouvido na CPI e que se colocou à disposição da procuradoria-geral da República (PGR) para ser investigado. Confira, ao vivo, o depoimento do governador (ou continue lendo o texto):

Na última semana, Perillo treinou com assessores como responder às espinhosas provocações acerca da venda de uma casa sua no Condomínio Alphaville, em Goiânia. Os esclarecimentos sobre a mansão são importantes porque foi nela que Carlinhos Cachoeira foi preso em fevereiro. A trajetória do dinheiro usado na aquisição do imóvel também é relevante porque pode comprovar a relação do governador goiano com o esquema de contravenção de Cachoeira e com uma tentativa de camuflar a real origem dos recursos.

A versão de Marconi Perillo dá conta de que a casa foi vendida para o empresário Walter Paulo, dono da Faculdade Padrão, em Goiânia. A transação teria sido intermediada pelo ex-vereador Wladimir Garcez (PSDB), que repassou três cheques ao político. Perillo sustenta a tese de que não se atentou para o titular dos cheques – dois de 500 000 reais e um de 400 000 reais. Em outra situação, no entanto, o governador afirmou que negociava com Garcez e soube que o ex-vereador não seria mais o comprador do imóvel apenas no momento da escrituração e registro da casa.

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O tucano também tentará convencer a CPI de que não tem relações próximas com o contraventor Carlinhos Cachoeira, embora interceptações telefônicas da Polícia Federal o tenham flagrado cumprimentando o bicheiro por seu aniversário. À CPI, ele deverá afirmar que atuou para coibir a contravenção no estado e que, por isso, não teria poupado o bicheiro de investigações.

Embora o nebuloso episódio de venda da casa em Goiânia seja o ponto mais fácil de ser explorado pelos parlamentares da comissão de inquérito, Perillo também precisará dar explicações sobre o pagamento ao jornalista Luiz Carlos Bordoni, que declarou ter trabalhado na campanha tucana e recebido por meio de uma empresa ligada a Cachoeira.

A tese do governador neste episódio é a de que Bordoni recebeu 33 000 reais para coordenar serviços de rádio na campanha, conforme declaração na Justiça Eleitoral, e que outros 45 000 reais recebidos na conta de sua filha, Bruna Bordoni, pagos pela empresa fantasma Alberto&Pantoja, ligada a Cachoeira, devem ser explicados unicamente pelo jornalista.

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