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Ex-vereador diz que casa de Perillo foi comprada com cheques de ex-diretor da Delta

Wladimir Garcez, único a quebrar o silêncio nos depoimentos à CPI do Cachoeira, apresentou nova versão para a compra da mansão do governador

Por Da Redação 24 Maio 2012, 15h58

Comparsa do contraventor Carlinhos Cachoeira, o ex-vereador pelo PSDB Wladimir Garcez, único a quebrar o silêncio nos depoimentos à CPI, apresentou nesta quinta-feira nova versão para a compra da mansão do governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB). Aos parlamentares, Garcez disse ter comprado o imóvel após o político tucano ter definido o preço -1,4 milhão de reais. O valor foi pago em três cheques emprestados pelo ex-diretor da construtora Delta no Centro-Oeste, Cláudio Abreu.

Em entrevista no dia 2 de março ao jornal goiano O Popular, Perillo informou que Garcez era apenas o intermediador da transação e que o dono da casa seria Walter Paulo, dono da Universidade Padrão, em Goiânia. “O senhor Wladimir é que fez os contatos”, disse Walter Paulo também em entrevista a O Popular. Em depoimento em sessão reservada à CPI, o delegado da Polícia Federal Matheus Mela Rodrigues ainda apresentou uma outra versão sobre a compra da casa: a de que os cheques teriam sido providenciados pelo sobrinho do contraventor Carlinhos Cachoeira, Leonardo de Almeida Ramos.

No depoimento à CPI do Cachoeira, Wladimir Garcez, que disse receber 20 000 reais para assessorar Abreu, afirmou que tinha a intenção de ficar com o imóvel para si, mas que teve de se desfazer da casa depois que o ex-dirigente da empreiteira o pressionou para receber o dinheiro do empréstimo.

“Pedi ao Cláudio, meu patrão, e ao Carlinhos Cachoeira que me emprestassem o valor de 1,4 milhão de reais para eu repassar ao governador”, disse Garcez à CPI. “O Cláudio me arranjou três cheques, um de 500 000 reais, outro de 500 000 reais e outro de 400 000 reais. O Cláudio passou a me pressionar para receber o valor dos três cheques. Com medo de perder meu emprego, resolvi procurar o Professor Walter. Não consegui vendê-la por um valor maior. Eu a vendi pelo valor de 1,4 milhão de reais”.

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Para o relator de CPI, deputado Odair Cunha (PT-MG), a transação envolvendo a casa de Perillo evidencia a proximidade entre o ex-vereador com o governador tucano. “Ele teve a oportunidade de confirmar essa relação íntima com o governador Marconi Perillo”, disse Cunha, para quem Garcez era o “operador político da organização criminosa” do bicheiro Carlinhos Cachoeira. “Ele recebeu os cheques, foi portador de um valor de 1,4 milhão de reais para a compra de uma casa que seria do governador Marconi Perillo. Ninguém dá 1,4 milhão de reais para uma pessoa carregar sem que haja muita confiança”.

Diante da pressão pela convocação de governadores citados nos grampos das investigações da Polícia Federal, os parlamentares decidiram votar os requerimentos de convocação de Marconi Perillo (Goiás), Agnelo Queiroz (Distrito Federal) e Sergio Cabral (Rio de Janeiro) na próxima reunião administrativa do colegiado, agendada para terça-feira. Também na próxima reunião, a CPI levará a voto a proposta de quebra de sigilo bancário, fiscal e telefônico da construtora Delta.

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