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Mulher e filhas de Queiroz faltam a depoimento no MP do Rio

Defesa alega que elas estão em São Paulo para acompanhar tratamento de saúde do ex-assessor de Flávio Bolsonaro

Por Da Redação Atualizado em 9 jan 2019, 20h00 - Publicado em 8 jan 2019, 16h17

As filhas e a mulher do policial militar Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), não compareceram ao depoimento no Ministério Público sobre o relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), marcado para a tarde desta terça-feira (8). Em um relatório, o órgão apontou movimentações atípicas na conta bancária de Queiroz.

A defesa da família alegou que elas se mudaram temporariamente para a cidade de São Paulo para acompanhar o pós-operatório e o início do tratamento de quimioterapia de Queiroz, que estava internado no Hospital Israelita Albert Einstein por causa de um tumor. Ele deixou o hospital na tarde desta terça-feira.

Em nota, o MP-RJ afirmou que “o não comparecimento voluntário e deliberado reflete uma opção dos envolvidos” e que a prova documental do Coaf tem informações necessárias para prosseguir as investigações, “com a realização de outras diligências de natureza sigilosa, inclusive a quebra dos sigilos bancário e fiscal”. Acrescenta que “o direito constitucional à ampla defesa também poderá ser exercido em juízo, caso necessário”.

O ex-funcionário foi apontado num relatório do Coaf com movimentações atípicas em sua conta bancária. De acordo com o documento, o então assessor movimentou 1,2 milhão de reais entre janeiro de 2016 e o mesmo mês de 2017. Da mesma conta, saíram 24 mil reais depositados em uma conta da primeira-dama, Michelle Bolsonaro.

Foram citadas no relatório movimentações entre o ex-assessor e suas filhas Nathalia e Evelyn Melo de Queiroz. As duas já foram lotadas nos gabinetes de Flávio na Alerj. Nathalia, que é personal trainer, também já foi lotada no gabinete de Jair Bolsonaro na Câmara dos Deputados entre dezembro de 2016 e outubro de 2018.

Nathalia é citada em dois trechos do relatório. O documento não deixa claro os valores individuais das transferências entre ela e seu pai, mas junto ao nome dela está o valor total de 84 mil reais. No dia 15 de outubro do ano passado ela foi exonerada, mesma data em que seu pai deixou o gabinete de Flávio, na Alerj. Nathalia recebeu em setembro, pelo gabinete de Jair, um salário de 10.088,42 reais.

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A mulher de Queiroz, Márcia Oliveira Aguiar, também deverá depor. Assim como as duas filhas do policial aposentado, Márcia também era lotada no gabinete de Flávio e foi citada no relatório do Coaf.

Queiroz foi chamado para depor duas vezes no Ministério Público do Rio, mas faltou alegando questões de saúde. Em entrevista ao jornal SBT Brasil no dia 26 de dezembro, ele declarou que transações de compra e venda de carros usados ajudam a explicar as movimentações de sua conta bancária. O motorista também relatou estar tratando um câncer no intestino. 

Flávio Bolsonaro diz que não fez “nada de errado” e que Fabrício Queiroz deu uma explicação “bastante plausível” para as transações apontadas pelo Coaf. O advogado do ex-assessor de Flávio, Paulo Klein, disse que irá juntar os documentos que comprovam as suas argumentações na investigação do MP, “campo adequado para apuração dos fatos”.

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(Com Estadão Conteúdo)

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