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Ministério Público ouvirá Barbiere na próxima semana

Promotor do caso também solicitou ao governo a relação completa das emendas parlamentares entre os anos de 2007 e 2011

Por Marina Pinhoni
19 out 2011, 19h16
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  • O promotor de Justiça Carlos Cardoso afirmou que ouvirá na próxima semana o deputado Roque Barbiere (PTB), responsável pela denúncia de venda de emendas por parlamentares da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp). O Ministério Público Estadual abriu inquérito civil para investigar o caso no dia 26 de setembro, depois da repercussão de uma entrevista gravada para o programa “Questão de Opinião”, na qual Barbiere afirma que 25% a 30% dos 94 deputados da Alesp adotariam a prática.

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    Segundo Cardoso, o deputado ainda não prestou depoimento porque está passando por problemas pessoais. “Ele está com dois parentes internados, entre eles a filha, que nasceu prematura e está na UTI”, afirmou o promotor. “Mas é importante que ele seja o primeiro a ser ouvido, já que é o autor da denúncia e pode contribuir com nomes e informações”.

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    Em entrevista divulgada nesta terça-feira pela TV Globo, Barbiere reafirmou as acusações. Ele disse ter sido procurado por ex-assessores de deputados que estariam dispostos a confirmar a existência do esquema e que teriam visto pacotes de dinheiro sendo entregues nos gabinetes. “Algumas pessoas vieram aqui voluntariamente e disseram: o senhor falou a verdade, eu trabalhei com fulano de tal e vou lá depor”, contou o Barbiere.

    Cardoso afirmou ao site de VEJA que tomou conhecimento das novas declarações do deputado pela imprensa. O promotor pretende avaliar a possibilidade de convocação destas pessoas, conforme os resultados de seu encontro com Barbiere na próxima semana.

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    Lista de emendas – Como parte das investigações, o MP também solicitou à Secretaria Estadual da Fazenda a relação completa das emendas parlamentares ao Orçamento do governo executadas entre 2007 e 2011, assim como os autores, a destinação e a prestação de contas referentes às mesmas. O promotor, contudo, não estipulou um prazo para que essas informações sejam entregues.

    “O governo já tinha anunciado que liberará esta lista em uma semana”, observou Cardoso. “Se por ventura eles não enviarem em até trinta dias, vou reconsiderar o envio de um novo ofício”.

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    Cardoso afirmou ainda que, por enquanto, não há indícios de envolvimento direto do governo do estado. “Aparentemente o governo não está envolvido, foi apenas um intermediário involuntário neste caso”, ponderou. “Não é minha intenção me indispor com eles neste momento. A relação que está sendo estabelecida entre o MP e governo é de colaboração, uma vez que é interesse de ambos o esclarecimento desse caso”.

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