Lira critica governadores e cobra Senado por alta no preço da gasolina
‘Câmara tratou do projeto que mitigava os efeitos dos aumentos dos combustíveis. Enviado para o Senado, virou patinho feio’, escreveu o deputado no Twitter
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (Progressistas-AL), usou neste domingo, 16, as redes sociais para criticar a postura do Senado e de governadores envolvendo a alta no preço dos combustíveis. Um dos líderes do Centrão, grupo que dita as cartas no Congresso, Lira destacou que a Câmara aprovou uma proposta de alteração nas regras de cobrança do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para tentar conter a alta no preço da gasolina, mas o texto não avançou entre os senadores.
“A Câmara tratou do projeto de lei que mitigava os efeitos dos aumentos dos combustíveis. Enviado para o Senado, virou patinho feio e Geni da turma do mercado”, escreveu Lira no Twitter. “Diziam que era intervencionista e eleitoreira. Agora, no início de um ano eleitoral, governadores, com Wellington Dias (governador do Piauí) à frente, cobram soluções do Congresso. Com os cofres dos Estados abarrotados de tanta arrecadação e mirando em outubro, decidiram que é hora de reduzir o preço”, acrescentou.
Lira frisou que os governadores poderiam ter feito mais pressão no ano passado. “Por isso, lembro aqui a resistência dos governadores em reduzir o ICMS na ocasião. Registro também que fizemos nossa parte. Cobranças, dirijam-se ao Senado”, finalizou. Na semana passada, por maioria de votos, os governos estaduais decidiram encerrar o congelamento do ICMS sobre os combustíveis, que vigorava desde novembro. O entendimento foi firmado em reunião do Comitê Nacional dos Secretários Estaduais de Fazenda (Comsefaz).
Em nota, Wellington Dias afirmou que a proposta defendida por Lira foi apresentada “sem qualquer diálogo ou base técnica”, “não resolve” o problema “e ainda causa desequilíbrio a Estados e municípios.” “Basta examinar o tamanho do lucro da Petrobras para saber quem está ganhando nesta falta de entendimento”, provocou o petista.
Procurada por VEJA, a assessoria do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), informou que não se manifestaria.