Graças ao foro privilegiado, os políticos envolvidos na Lava Jato se mantêm longe da cadeia, mas não escapam de enfrentar situações embaraçosas. A última delas tem afetado diretamente a vida financeira dos parlamentares. Alguns, depois de se tornar alvo de delações premiadas, passaram a encontrar dificuldades para operar ou abrir contas bancárias e também para obter empréstimos. Isso porque os bancos começaram a restringir suas respectivas carteiras de clientes especiais — “pessoas politicamente expostas”, assim chamados os deputados, senadores, presidentes de partido e seus familiares. Com isso, os bancos aumentaram o rigor da fiscalização sobre os nomes citados na maior investigação de corrupção na história do país. Esse procedimento, inédito, tem incomodado.
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