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Jungmann manda investigar possível vazamento do inquérito dos portos

Ministrou acatou ordem de Michel Temer, que reagiu à suspeita de que ele tenha lavado dinheiro de propina em reformas de imóveis

Por Estadão Conteúdo Atualizado em 27 abr 2018, 20h57 - Publicado em 27 abr 2018, 20h20

Depois de o presidente Michel Temer (MDB) informar nesta sexta-feira que solicitaria que o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, investigasse possíveis vazamentos em torno do inquérito dos portos, o ministro acatou a ordem.

“Determinei ao Diretor Geral da Polícia Federal a imediata apuração do possível vazamento ocorrido no curso do inquérito policial que apura fatos relacionados à edição do Decreto 9.048, de 10 maio de 2017, que regula a exploração de portos organizados e de instalações portuárias”, escreve Jungmann, que tem a PF sob seu comando no ministério.

Na manhã desta sexta, ao fazer um pronunciamento para rebater reportagem do jornal Folha de S. Paulo, Temer disse que não deixaria impune os seus acusadores. “Se pensam que atacarão minha honra e da minha família e vão ficar impunes, não ficarão sem resposta”, disse, acrescentando que “sugeriria” a apuração dos “vazamentos” no inquérito dos portos.

Temer é o alvo principal do inquérito. A PF pediu mais 60 dias de prazo para o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF). A corporação suspeita que o presidente possa ter lavado dinheiro que supostamente recebeu como propina em reformas nas casas de familiares e em transações imobiliárias dissimuladas.

“A violação do sigilo profissional pelos responsáveis pela condução dessa ou de qualquer outra investigação é conduta passível de sanção administrativo-disciplinar, cível e penal. Além disso, depõe contra o reconhecido profissionalismo das instituições investigadoras”, escreveu o ministro em nota.

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Reação da PF

Os delegados de Polícia Federal reagiram ao discurso de Temer. Em nota, a principal entidade da classe — Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF) — manifestou “preocupação” com a fala do presidente e recomendou “serenidade” ao presidente.

“É muito comum que investigados e suas defesas busquem, por todos os meios, contraditar as investigações”, argumentam os delegados. “Entretanto, é necessário serenidade, sobretudo daquele que ocupa o comando do país, para que suas manifestações não se transformem em potenciais ameaças e venham a exercer pressão indevida sobre a Polícia Federal.”

A entidade de classe afirma que a PF não protege nem persegue qualquer pessoa ou autoridade. “No caso concreto, vários documentos e peças das diligências estão disponíveis ao público no sistema de processo eletrônico do Supremo Tribunal Federal.” A entidade dos delegados diz que defende a apuração de supostos vazamentos e que “seguirá vigilante com o desenrolar dos acontecimentos e não admitirá pressões ou campanhas com a finalidade de desacreditar a atuação dos delegados de Polícia Federal”.

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