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Garotinho diz ter dossiê e cogita pedir proteção policial

Em entrevista ao SBT, ex-governador do Rio de Janeiro mostrou um calhamaço em que diz envolver "105 pessoas e empresas"

Por Da Redação 28 nov 2016, 20h53

Autointitulado “um homem-bomba”, por conta de provas que afirma ter contra “105 pessoas e empresas” que acusa de corrupção, o ex-governador do Rio Anthony Garotinho (PR) cogita pedir proteção policial para resguardar sua integridade física. Ele responde em liberdade a um processo por compra de votos em sua cidade, Campos dos Goytacazes, no Norte fluminense, nas últimas eleições, e está em seu apartamento, no bairro do Flamengo, zona sul da capital.

“Já conversamos a respeito e estamos avaliando o pedido de proteção”, disse nesta segunda-feira sua filha Clarissa Garotinho, deputada federal (PR-RJ). Garotinho, que foi governador do Rio entre 1999 e 2002, deu entrevista ao programa Conexão Repórter, do SBT, veiculada na noite deste domingo, na qual mostrou um dossiê com supostas provas de que “o mar de lama” da gestão do ex-governador Sérgio Cabral (PMDB) é maior do que o que já foi noticiado – Cabral é acusado de chefiar uma quadrilha que recebeu pelo menos 224 milhões de reais em propinas de empreiteiras entre 2007 e 2014, e foi preso dois dias depois de Garotinho, junto com nove outros investigados.

“Eu temo pela minha vida e eu tenho que zelar por ela. Se eu falar o que você quer saber, o que eu tenho vontade de falar e que o público quer saber, eu posso amanhã facilitar a fuga dessas pessoas (pessoas supostamente envolvidas no esquema de Cabral que ainda estão em liberdade). Minha prisão foi uma retaliação, foi uma perseguição e uma injustiça. Meus inimigos são os poderosos do Rio, envolvidos nas denúncias que venho fazendo. Sofri ameaça. Disseram ‘se você me envolver, eu vou fazer com que alguém te envolva, vou criar um escândalo para você'”, disse Garotinho, mostrando um calhamaço encadernado com as supostas denúncias.

A mulher do ex-governador, Rosinha Garotinho (PR), atual prefeita de Campos, chorou durante a gravação, feita no apartamento do casal, ao falar de sua apreensão quanto à segurança de seu marido. “Ele sabe muito. A Justiça tinha que cuidar da vida dele. Eu temo pela vida dele, ele tem um monte de documentos que ainda não entregou. Eu acho que ele deve dizer parte do que ele sabe, mas não deve falar tudo”, declarou Rosinha. “Eu acho que a própria entrevista é uma forma de proteção”, afirmou Clarissa hoje.

Garotinho, que é secretário de Governo de Rosinha em Campos, nega ter comprado votos. Para a Justiça Eleitoral, ele se valeu do programa social Cheque Cidadão, que concede 200 reais por mês a famílias pobres, para convencer eleitores a votar em seus aliados.

(com Estadão Conteúdo)

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