Depois de aprovar um pacote de pautas-bomba que representa gastos de 58 bilhões de reais em meio a um ajuste fiscal, o presidente da República interino, Michel Temer (PMDB), fez um afago público à Câmara dos Deputados nesta quinta-feira. Temer procurou evidenciar que trabalha em harmonia com o Legislativo, algo que a presidente afastada, Dilma Rousseff, não conseguiu no atual mandato e é apontado como um dos motivos que influenciaram a abertura do impeachment.
Temer pediu “aplausos” à Câmara dos Deputados e ao presidente em exercício, deputado Fernando Giacobo (PR-PR), pelo empenho na aprovação de projetos difíceis. “Nesses dias tive a felicidade de rever a Câmara dos Deputados e o Senado Federal trabalhando ativamente, algo que não ocorre há muito tempo”, disse Temer.
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O peemedebista se referiu à aprovação da revisão da meta fiscal para 170,5 bilhões de reais de déficit, do reajuste dos servidores do Legislativo, Executivo, Ministério Público e Judiciário, que vai impactar em até 58 bilhões de reais as contas públicas até 2019, além da desvinculação de receitas da União (DRU), que dá mais flexibilidade no manejo do Orçamento.
“Muitas vezes fala-se em independência, mas esquece-se da harmonia. Quando o Legislativo impede os projetos e as propostas do poder Executivo, fica muito difícil governar”, afirmou o presidente interino. “Ao contrário, temos visto trabalhar até de madrugada.”
Temer disse que o trabalho conjunto entre o Legislativo e o Executivo é “indispensável” e “revela aos olhos do povo essa integração fundamental entre o Legislativo e Executivo”. “Temos tantos outros projetos pela frente e vamos precisar da Câmara dos Deputados”, afirmou.
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