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Torquato Jardim chora ao lembrar de ditadura em posse no governo Temer

Na cerimônia, novo ministro da Transparência afirmou que a democracia enfrenta desafios no país 'sob o manto da Constituição'

Por Da Redação 2 jun 2016, 11h53

O novo ministro da Transparência, Fiscalização e Controle, Torquato Jardim, tomou posse nesta quinta-feira, emocionado, em cerimônia no Palácio do Planalto, em Brasília. Jardim substituiu o segundo ministro demitido pelo presidente interino Michel Temer (PMDB), Fabiano Silveira, que deixou o cargo por ter sido gravado em conversa tratando sobre a Operação Lava Jato com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). Ele embargou a voz e chorou ao lembrar dos períodos ditatoriais do Estado Novo e do regime militar – e compará-los ao processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff.

“É uma honra voltar a servir à República em tarefa de relevância que vossa excelência me confere. Tão mais significativo o elogio e a tarefa quando presentes as circunstâncias do momento. Pela segunda vez, em pouco mais de vinte anos, a transformação criativa da democracia, sob o manto da Constituição, enfrenta o desafio de definir seus meios e para alguns seus fins mesmos. Constituição, substância e rito, como interpretado pelo Supremo Tribunal Federal. Esse privilégio não conheceu a geração dos meus pais, sob o Estado Novo, nem a minha própria geração sob o AI-5. Memórias da juventude”, disse, ao chorar. “A democracia brasileira tem nesse marco civilizatório valor fundamental ao qual por certo jamais renunciará.”

Jardim afirmou que a transparência é fundamental nos negócios públicos, elogiou a criação do ministério em substituição à Controladoria-Geral da União e, em mensagem aos servidores que se rebelaram com transformação em ministério, disse que as carreiras do órgão têm “competência institucional definitiva e uma conquista republicana a merecer aplauso”.

Temer elogiou o ministro e disse que o invejava por ser um conferencista que rodou o mundo, ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral e professor de Direito Constitucional. O presidente interino afirmou que “o único meio de harmonizar o país é o cumprimento da lei”, por meio da transparência, da moralidade, da publicidade e do controle interno do governo. “Ajude esse governo porque merecemos este apoio para tirar o país de uma crise extraordinária que hoje se vive”, afirmou Temer.

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