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Diretor de fiadora da Precisa diz que empresa é ‘pequena’ e tem R$ 7,5 bi

Roberto Pereira Ramos Júnior, do FIB Bank, deve ser questionado, entre outros temas, sobre uma 'carta de fiança' entregue pela Precisa ao governo

Por Da Redação
Atualizado em 25 ago 2021, 17h20 - Publicado em 25 ago 2021, 09h32

A CPI da Pandemia ouviu nesta quarta-feira, 25, o depoimento de Roberto Pereira Ramos Júnior, diretor-presidente do FIB Bank. A empresa é envolvida no caso Covaxin, uma vez que ofereceu uma “carta de fiança” no valor de 80,7 milhões de reais no contrato entre a Precisa Medicamentos e o Ministério da Saúde para a compra do imunizante indiano.

O depoimento deve ajudar a comissão de inquérito em uma de suas linhas de investigação, que é a negociação do governo com o laboratório indiano Baraht Biotech para a compra do fármaco no valor total de 1,6 bilhão de reais. O requerimento de convocação de Júnior foi feito pelo senador Tasso Jereissati (PSDB-CE).

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“A Precisa entregou ao Ministério da Saúde uma ‘carta de fiança’ emitida pela empresa FIB Bank Garantias S.A., sediada em Barueri, interior de São Paulo. A carta afiança o valor de R$ 80,7 milhões. A Precisa aparece como ‘afiançada’. O ‘beneficiário’, conforme o documento, é o Ministério da Saúde, por meio do Departamento de Logística em Saúde da Secretaria-Executiva”, explica Tasso em seu requerimento.

O senador lembra que, apesar do nome, o FIB Bank não é um banco e não tem autorização do Banco Central para atuar como instituição financeira e tem sido tem sido contestado pela Procuradoria Geral da Fazenda Nacional, nas garantias que tem prestado a contribuintes alvos de execuções fiscais. Além disso, na esfera privada, o FIB não tem honrado as cartas de fiança apresentadas em negócios particulares, motivando ações judiciais.

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O presidente do FIB Bank, Roberto Pereira Ramos Júnior, disse aindaque sua empresa é “pequena” e tem patrimônio de R$ 7,5 bilhões. Nesse momento, o presidente da comissão, senador Omar Aziz (PSD-AM), ironizou: “Repete aí, por favor”.

O FIB Bank foi fiador no contrato firmado entre a Precisa Medicamentos e o Ministério da Saúde na negociação da vacina Covaxin. A CPI quer saber o motivo pelo qual a Precisa contratou o FIB Bank – que, apesar do nome, não é uma instituição financeira – e se há irregularidades no processo. A Comissão também apura se a empresa tem algum sócio oculto e, se sim, a quem ele seria ligado.

O empresário teve o direito de permanecer em silêncio diante de perguntas que possam incriminá-lo. O habeas corpus foi concedido pela ministra do Supremo Tribunal Federal Cármen Lúcia, que decidiu ainda que o depoente não pode deixar de falar a verdade em relação aos demais questionamentos.

(com Agência Senado)

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