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A dívida de Guilherme Boulos na Receita Federal

Nome do deputado foi inscrito na Dívida Ativa da União por falta de pagamento de contribuição previdenciária

Por Hugo Marques Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 22 jan 2024, 15h54 - Publicado em 20 jan 2024, 15h14

Na campanha presidencial de 2018, o candidato pela coligação PSOL-Rede, Guilherme Boulos, recebeu 6,2 milhões de reais em doações eleitorais, de acordo com o Tribunal Superior Eleitoral. Coordenador do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto, ele teve pouco mais de 600 mil votos. Na época, para centralizar sua contabilidade, o hoje deputado federal criou a empresa Eleição 2018 Guilherme Castro Boulos Presidente.

No final deste ano, Boulos voltará aos palanques, agora como candidato a prefeito de São Paulo, provavelmente com a ex-prefeita Marta Suplicy (PT) de vice. Há, porém, um problema no caminho da chapa PSOL-PT. O deputado, segundo o fisco, não recolheu os impostos de sua empresa. Por isso, a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional está cobrando 44,4 mil reais do parlamentar.

reprodução
Dívidas da empresa que o então candidato Guilherme Boulos criou para arrecadação de campanha (reprodução/Reprodução)

Os débitos de Boulos estão registrados no cadastro da Dívida Ativa da União. Significa que, após o processo administrativo, caso o débito não seja quitado, a Procuradoria vai ingressar com uma representação junto à Justiça Federal  para cobrar o parlamentar. A Receita não detalha as informações sobre as autuações da empresa de Boulos, mas a PGFN registra que os débitos são relativos à contribuição de segurados, ou seja, dívidas com a Previdência Social.

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Em 2020, quando disputou o cargo de prefeito de São Paulo, Boulos defendeu custear um projeto de assistência social às pessoas em situação de extrema pobreza através da cobrança da Dívida Ativa da Prefeitura. Na ocasião, o parlamentar advertiu: “Dinheiro tem, o problema é falta de prioridade”. E acrescentou: “Eu vou ter prioridade em fazer isso, outros prefeitos tiveram as campanhas financiadas por esses mesmos devedores. Eu não tenho o rabo preso, vou fazer esse enfrentamento”. Ele chegou ao segundo turno e conseguiu 2,1 milhões de votos.

A assessoria de imprensa do deputado entrou em contato com a VEJA após a publicação da reportagem. Confira o posicionamento: “O CNPJ mencionado pela reportagem não é de uma empresa, mas da campanha presidencial de 2018. As dívidas mencionadas pela reportagem são dívidas de campanha que serão quitadas pelo PSOL”.

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