A semana marcou a saída de Luiz Henrique Mandetta do Ministério da Saúde após uma longa crise com o presidente Jair Bolsonaro. Na tarde da quinta, 16, depois de conseguir algum consenso dentro do governo e o nome do oncologista Nelson Teich para substituí-lo, Bolsonaro finalmente mandou Mandetta embora. Por trás do desligamento do ministro, um aspecto maior: o governo vai mesmo flexibilizar a quarentena.
Dora Kramer lembra uma fala do ex-vice-presidente Marco Marciel: “As consequências vêm depois”. E lembra que o primeiro desafio de Nelson Teich é manter a condução dentro pasta, que é bem vista pela população. Mas o novo ministro também precisa se livrar da sombra de Mandetta e saber dialogar com a sociedade como seu antecessor.
Ricardo Noblat diz que o Brasil não tem tempo para a adaptação de um novo ministro. Para ele, Bolsonaro corre um grande risco fazendo uma substituição absolutamente desnecessária.
Augusto Nunes considera que a demissão de Mandetta foi precipitada pela entrevista do agora ex-ministro à Rede Globo no último domingo, 12. E avalia que todos os envolvidos no combate à pandemia estão pensando demais nas eleições de 2022.
Os colunistas também falam sobre a possibilidade de fim da quarentena no Brasil e o atrito entre Jair Bolsonaro e o presidente da Câmara dos Deputados Rodrigo Maia.