Nelson Teich pediu demissão do Ministério da Saúde após menos de um mês no cargo. Ele vinha sendo pressionado para apoiar o uso da cloroquina em pacientes com sintomas leves de coronavírus. O agora ex-ministro vinha sendo questionado por médicos que lhe cobravam coerência em relação ao uso da cloroquina já que Teich, enquanto especialista em oncologia, sempre condenou uso de medicamentos sem comprovação científica, algo que ocorre com frequência em tratamentos de pacientes com câncer.
Teich também vinha sendo pressionado a agilizar a flexibilização da política de isolamento social, criticada pelo presidente Jair Bolsonaro.
Dora Kramer avalia que a saída de Teich era uma pedra cantada, já que o agora ex-ministro vinha sofrendo humilhações por parte de Jair Bolsonaro.
Ricardo Noblat lembra que o agora ex-ministro da Saúde não se alinhou ao discurso do presidente e considera que o substituto de Teich será alguém alinhado com o discurso de uso da cloroquina e com o fim do isolamento.
Augusto Nunes pergunta se Teich não sabia como Bolsonaro pensava e questiona por que ele aceitou o emprego. Para ele, o Brasil precisa encontrar algum tipo de coordenação nacional para o combate à pandemia.
Os colunistas também debatem a situação dos hospitais públicos brasileiros, destaque da capa de VEJA desta semana, e a polêmica sobre a reunião ministerial antes da saída de Sergio Moro do Ministério da Justiça.