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Doenças tropicais afetam 1 bilhão de pessoas, diz OMS

Em relatório, organização alerta para necessidade de combater doenças "esquecidas"

Por Da Redação
14 out 2010, 06h57

Cerca de 1 bilhão de pessoas no mundo sofrem de doenças tropicais desatendidas e, embora os esforços globais para controlá-las tenham melhorado, elas ainda ameaçam milhões de pessoas, advertiu hoje a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Em relatório divulgado hoje, o organismo alerta que ainda há doenças, como é o caso do Mal de Chagas (muito presente na América Latina) e da elefantíase, que prevalecem em alguns países, sobretudo nos mais pobres, e pioram a qualidade de vida de seus habitantes.

Embora desde 2003 os Governos, as farmacêuticas e as empresas tenham “se conscientizado” do efeito dessas doenças na saúde pública, sua existência frustra a possibilidade do cumprimento de alguns dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) estabelecidos pela ONU relacionados à saúde, destaca a OMS.

“São necessários esforços globais para controlar essas doenças ‘ocultas’, como é o caso do verme da Guiné (“dracunculiasis”), da hanseníase e da elefantíase, entre muitas outras”, acrescenta o relatório.

Um dos casos mais favoráveis dos últimos anos foi a quase erradicação da doença conhecida como “verme da Guiné” – abundante na África do Norte e Equatorial, causadora de úlceras muito dolorosas – graças à atenção prestada pelos Governos, doadores e ONGs.

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“Desde 1989, o número de casos dessa doença caiu de 829.055 em 12 países para 3.190 em quatro países em 2009, uma queda de mais de 99%”, diz a OMS, que espera que esse progresso sirva de exemplo para a luta contra outras doenças também esquecidas.

O contrário ocorreu com a dengue, uma doença viral aguda transmitida por um tipo de mosquito que provoca febre alta e que predomina nos trópicos, especialmente África, norte da Austrália, América do Sul, América Central, México e Sudeste Asiático, que é a região onde se registram mais mortes.

O dengue se estendeu na América devido à insuficiência de campanhas preventivas e aos movimentos de população, bem como em consequência de algumas manifestações da mudança climática, destaca a OMS, com o resultado de que essa região registra surtos de cada três a cinco anos, quando a frequência anterior era menor.

Outras doenças citadas pela organização em sua lista de 17 males esquecidos são a “úlcera de Buruli”, a “doença do sono”, a “cegueira dos rios” e a “echinococcosis”.

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A OMS propõe a prevenção, o controle, o fornecimento de água potável e a saúde pública como formas para combater essas doenças, cujo desconhecimento e desatenção por parte da saúde pública elevam os custos dos tratamentos e os torna ainda mais inacessíveis.

Para ilustrar a falta de acesso aos remédios, o relatório mostra que a soma da ausência trabalhista e das mortes decorrentes do Mal de Chagas na América Latina custam US$ 1,2 bilhão à região, um frio reflexo derivado da desatenção médica aos pacientes.

Para melhorar os tratamentos, torná-los mais acessíveis e baratear seus custos, a OMS recomenda “iniciar pesquisas para desenvolver novos remédios e diagnósticos que sejam acessíveis a todos os afetados por essas doenças desatendidas”.

(com Agência EFE)

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