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Sequestro já dura mais de 12 horas; polícia quer retirar reféns ‘sem incidentes’

Delegado responsável pela operação indica que a situação pode se estender por mais algumas horas. Polícia se recusa a informar o número de reféns

Por Da Redação
15 dez 2014, 08h45

O objetivo das forças de segurança australianas é retirar “sem incidentes” as pessoas que permanecem sequestradas por um homem armado em um café em Sydney, em uma operação que pode se prolongar até a madrugada ou a manhã de terça-feira, informaram nesta segunda-feira as autoridades, segundo o jornal local The Australian. “Nosso único objetivo nesta noite [no fuso horário local] e pelo tempo que precisar é retirar essas pessoas que estão presas atualmente no café de forma segura. Essa será nossa prioridade e não mudará”, disse Andrew Scipione, delegado da polícia do Estado de Nova Gales do Sul. Scipione se negou a fornecer detalhes sobre as exigências ou a natureza do ataque e do sequestrador. O primeiro-ministro da Austrália, Tony Abbott, afirmou que a ação tem “motivações políticas”, mas não detalhou quais seriam as motivações.

O incidente na cafeteria já dura mais de doze horas e a polícia se recusa a dizer quantas pessoas estão no interior da loja. “Eu gostaria de informar o máximo que eu posso, mas neste momento é isto o que eu tenho a dizer”, declarou Scipione. “Em primeiro lugar, temos de nos certificar de que não faremos nada que possa, de alguma forma, ameaçar os que ainda estão no interior do prédio”, completou.

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Não estava claro se o ataque tem ligação com grupos extremistas islâmicos, embora duas pessoas tenham sido vistas segurando uma bandeira com dizeres em árabe. Segundo Scipione, a polícia não tinha informações sobre se o sequestro tem relação com o terrorismo. A emissora de televisão Channel 10 disse ter recebido um vídeo no qual um refém repassa as exigências do sequestrador: falar com o primeiro-ministro Abbott e uma bandeira do grupo terrorista Estado Islâmico. O sequestrador, que se intitula “O Irmão”, alega que há duas bombas escondidas no café e outras duas no centro financeiro de Sydney. O canal de televisão informou que a polícia pediu que as imagens não sejam transmitidas. Scipione pediu às empresas de comunicação que digam ao homem que fale com a polícia, caso ele entre em contato com a mídia.

Um homem armado tomou um popular café no centro comercial Martin Place durante a manhã e mantém dezenas de pessoas como reféns. Após sete horas de sequestro, cinco reféns conseguiram sair do local, embora as autoridades não tenham esclarecido se foi uma fuga ou eles foram libertados pelo sequestrador. Um dos reféns foi atendido em um hospital, mas por “uma condição de saúde preexistente”, comentou Scipione. “Há muito trabalho por fazer e muito mais nas próximas horas, tenho certeza”, finalizou o delegado.

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A situação teve início às 9h45 de segunda-feira na loja de chocolates Lindt no Martin Place, uma praça no coração do bairro financeiro e comercial que está cheio de pessoas fazendo compras para o Natal. Centenas de policiais estão nas ruas da cidade, ruas foram fechadas e escritórios próximos esvaziados. As pessoas foram aconselhadas a não ir para Martin Place, local onde estão instalados o gabinete do primeiro-ministro, o Banco de Reserva da Austrália (o banco central do país) e a sede de dois grandes bancos privados. O Parlamento fica a alguns quarteirões da praça.

Pessoas que trabalham na área isolada receberam instruções para ficar em casa na terça-feira, o que indica que a polícia acredita que o incidente pode se estender para o dia seguinte. A Lindt da Austrália postou uma mensagem em sua página no Facebook agradecendo o público pelo apoio. “Estamos profundamente preocupados com este sério incidente e nossos pensamentos e orações estão com os funcionários e clientes envolvidos e todos os seus amigos e familiares”, escreveu a empresa.

Ameaça terrorista – O governo da Austrália elevou seu alerta para terrorismo em setembro, em resposta a ameaças domésticas representadas por partidários do grupo Estado Islâmico. Grupos que integram uma força-tarefa de contraterrorismo realizaram dezenas de ações deste então, detendo várias pessoas nas três maiores cidades do país: Melbourne, Sydney e Brisbane. Um homem detido durante uma das ações em Sydney foi indiciado por conspiração com o líder do Estado Islâmico na Síria para decapitar uma pessoa no centro de Sydney.

O Estado Islâmico, que controla um terço da Síria e do Iraque, já ameaçou a Austrália no passado. Em setembro, um porta-voz do grupo, Abu Mohammed al-Adnani, divulgou uma mensagem de áudio pedindo ataques de “lobos solitários” no exterior, mencionando especificamente a Austrália. Al-Adnani disse aos muçulmanos que eles deveriam matar todos os “descrentes”, fossem eles civis ou soldados.

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(Com agência EFE e Estadão Conteúdo)

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