Filho de dono de balsa naufragada é condenado na Coreia do Sul
Yoo Dae-kyoon, de 43 anos, foi condenado por a três anos de prisão por fraude. O acidente com a embarcação deixou mais de 300 mortos em abril
Por Da Redação
5 nov 2014, 19h49
Estudantes mortos em naufrágio de balsa sul-coreana são homenageados durante uma cerimônia (Kim Hong-Ji/Reuters)
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Yoo Dae-kyoon, o filho mais velho do proprietário da balsa que naufragou na Coreia do Sul, em abril, deixando mais de 300 mortos, foi condenado nesta quarta-feira por fraude. Ele foi sentenciado a três anos de prisão por ter se apoderado de 6,8 milhões de dólares desde 2002 de sete empresas controladas por sua família, incluindo a Chonghaejin, que operava a embarcação naufragada. O pai de Yoo, Yoo Byung-eun, que enfrentava acusações semelhantes, foi encontrado morto em julho.
O desastre com a balsa, na costa sudoeste do país, foi a pior tragédia em décadas na Coreia do Sul e deixou muitos estudantes do ensino médio mortos. Eles viajavam com seus professores em uma excursão de férias. As autoridades acusam os membros da família Yoo de terem roubado milhões de dólares da companhia Chonghaejin. Dinheiro que poderia ter sido usado para fortalecer as medidas de segurança das embarcações. (Continue lendo o texto)
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1/39 Parentes choram em frente ao memorial de vítimas do naufrágio do Sewol, na Coréia do Sul (Kim Hong-Ji/Reuters/VEJA)
2/39 Centenas de pessoas deixaram bilhetes e homenagens no memorial das vítimas do naufrágio do navio Sewol, na Coréia do Sul (Kim Hong-Ji/Reuters/VEJA)
3/39 Bandeira exposta em memorial homenageia as vítimas do naufrágio da embarcação Sewol no último dia 16, na Coréia do Sul (Kim Hong-Ji/Reuters/VEJA)
4/39 Barcos da Guarda Costeira e equipes de busca realizam operações de resgate na região do náufrago da embarcação Sewol, na Coréia do Sul (Nicolas Asfouri/AFP/VEJA)
5/39 Na Coréia do Sul, parentes das vítimas do naufrágio do navio Sewol se abraçam. O acidente deixou mais de 170 mortos (Nicolas Asfouri/AFP/VEJA)
6/39 Mergulhadores realizam operações de resgate na área onde o navio Sewol naufragou na região de Jindo, Coréia do Sul (Yonhap/Reuters/VEJA)
7/39 Mulher atende uma vigília à luz de velas em Ansan, para homenagear as vítimas da balsa de passageiros que naufragou na Coreia do Sul (Kim Hong-Ji/Reuters/VEJA)
8/39 Um parente de uma vítima da balsa que naufragou na Coréia do Sul reza junto ao mar no porto de Jindo (Nicolas Asfouri/AFP/VEJA)
9/39 Mulher chora enquanto reza durante uma vigília à luz de velas em Ansan, para homenagear as vítimas da balsa de passageiros que naufragou na Coreia do Sul (Kim Hong-Ji/Reuters/VEJA)
10/39 Equipes de resgate operam na região onde uma balsa de passageiros naufragou em Jindo, na Coreia do Sul (Issei Kato/Reuters/VEJA)
11/39 Lee Joon-Seok, capitão da balsa sul-coreana "Sewol", que afundou no litoral do país, é apresentado na delegacia da cidade de Mokpo (Yonhap/AP/VEJA)
12/39 Lee Joon-Seok, capitão da balsa sul-coreana "Sewol", que afundou no litoral do país, é apresentado na delegacia da cidade de Mokpo (Yonhap/AP/VEJA)
13/39 Equipes de resgate buscam passageiros do navio que naufragou próximo a Jindo, na Coreia do Sul (Yonhap/AP/VEJA)
14/39 Mar é contaminado com derramamento de óleo no local do naufrágio da balsa Sewol, a 20 km da costa da Coreia do Sul (Yonhap/Reuters/VEJA)
15/39 Os familiares dos passageiros desaparecidos do barco sul-coreano "Sewol", que afundou no mar, aguardam em uma academia em Jindo (Lee Jin-man/AP/VEJA)
16/39 Familiares dos passageiros desaparecidos da balsa sul-coreana Sewol rezam em Jindo, na Coreia do Sul (Park Dong-ju/Yonhap/Reuters/VEJA)
17/39 Equipes de resgate instalam boias marcando o local onde a balsa Sewol naufragou, na costa de Jindo, sul da Coreia do Sul (Yonhap/AP/VEJA)
18/39 Os familiares dos passageiros desaparecidos do barco sul-coreano "Sewol", que afundou no mar, aguardam em uma academia em Jindo (Ahn Young-joon/AP/VEJA)
19/39 Equipes de resgate buscam passageiros do navio que naufragou próximo a Jindo, na Coreia do Sul (Park Jung-ho/Reuters/VEJA)
20/39 Monge budista reza pelos passageiros desaparecidos que estavam na balsa sul-coreana Sewol (Issei Kato/Reuters/VEJA)
21/39 Equipes de resgate buscam passageiros do navio que naufragou próximo a Jindo, na Coreia do Sul (Jeon Heon-Kyun/EFE/VEJA)
22/39 Familiares dos passageiros desaparecidos da balsa sul-coreana Sewol rezam em Jindo, na Coreia do Sul (Park Jung-ho/Reuters/VEJA)
23/39 Estudantes Danwon High School seguram cartazes com mensagens para seus amigos que estão desaparecidos, após o desastre da balsa que naufragou com 475 passageiros em Jindo, na Coreia do Sul (Yonhap/Reuters/VEJA)
24/39 Lee Joon-Seok, capitão da balsa sul-coreana "Sewol", que afundou no litoral do país, é apresentado na delegacia da cidade de Mokpo, nesta quinta-feira (17) (Yonhap/Reuters/VEJA)
25/39 Equipes de resgate buscam passageiros do navio que naufragou próximo a Jindo, na Coreia do Sul (Kim Hong-Ji/Reuters/VEJA)
26/39 Familiares de passageiros aguardam notícias após naufrágio de uma balsa com 475 na Coreia do Sul, nesta quarta-feira (16) (Kim Hong-Ji/Reuters/VEJA)
27/39 Familiares de passageiros aguardam notícias após naufrágio de uma balsa com 475 na Coreia do Sul, nesta quarta-feira (16) (Jung Yeon-JE/AFP/VEJA)
28/39 Equipes de resgate buscam passageiros do navio que naufragou próximo a Jindo, na Coreia do Sul (West Regional Headquarters Korea Coast Guard/News1/Reuters/VEJA)
29/39 Familiares aguardam informações dos passageiros do navio que naufragou próximo a Jindo, na Coreia do Sul (Jung Yeon-Je/AFP/VEJA)
30/39 Familiares aguardam informações dos passageiros do navio que naufragou próximo a Jindo, na Coreia do Sul (Ahn Young-joon/AP/VEJA)
31/39 Menina é resgatada do navio Sewol que transportava cerca de 470 pessoas e naufragou na Coreia do Sul (Hyung Min-woo/Yonhap/Reuters/VEJA)
32/39 Mãe de um dos passageiros do navio que naufragou próximo a Jindo, na Coreia do Sul se emociona ao encontrar o nome do filho na lista de sobreviventes (Kim Hong-Ji/Reuters/VEJA)
33/39 Navio que transportava cerca de 470 pessoas naufraga na Coreia do Sul (Dong-A-Ilbo/AFP/VEJA)
34/39 Navio que transportava cerca de 470 pessoas naufraga na Coreia do Sul (Korea Coast Guard/Yonhap/Reuters/VEJA)
35/39 Navio que transportava cerca de 470 pessoas naufraga na Coreia do Sul (Korea Coast Guard/Yonhap/Reuters/VEJA)
36/39 Equipes de resgate buscam passageiros do navio que naufragou próximo a Jindo, na Coreia do Sul (South Korea Coast Guard/AFP/VEJA)
37/39 Barco de resgate se aproxima de navio que naufragou (South Korea Coast Guard/AFP/VEJA)
38/39 Horas após início do naufrágio, embarcação estava quase completamente submersa (South Korea Coast Guard/AFP/VEJA)
39/39 Navio de passageiros afunda na costa da Coreia do Sul (Yonhap/Reuters/VEJA)
A promotoria também afirma que as balsas operavam com peso além do permitido. Especialistas apontaram que a embarcação naufragada transportava o dobro da carga permitida, informou o jornal The New York Times. Ao anunciar a sentença, o tribunal destacou que Yoo Dae-kyoon, de 43 anos, “abusou do seu status de filho” para se apropriar ilegalmente do dinheiro. As investigações apontam que a família Yoo retirou 169 milhões de dólares das companhias que mantinha e de uma igreja que o patriarca havia ajudado a fundar.
Dois irmãos de Yoo Byung-eun também foram condenados nesta quarta-feira por apropriação indébita. Yoo Byung-il recebeu uma suspensão condicional da pena por ter se apoderado de 119.000 dólares, enquanto Yoo Byung-ho foi sentenciado a dois anos de prisão depois de retirar 2,7 milhões de dólares. Trinta executivos das empresas também foram condenados por envolvimento na fraude.
Uma filha de Yoo Byung-eun foi presa na França, em maio, e luta para não ser extraditada para a Coreia do Sul. As autoridades pediram aos Estados Unidos que ajudem a capturar outro filho, Keith H. Yoo, que vive no país.
Pena de morte – Na última segunda-feira, promotores sul-coreanos pediram uma condenação à pena de morte para Lee Joon-seok, capitão da balsa que naufragou. Lee, de 68 anos, é acusado de homicídio e, segundo a promotoria, deve ser condenado por fracassar em cumprir com sua obrigação. Ele abandonou a embarcação de forma negligente, sem ter coordenado o resgate dos passageiros, apontam as autoridades. O capitão negou sua intenção de matar.
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O comandante está entre os quinze acusados de abandonar a embarcação. Quatro, incluindo Lee, enfrentam acusações de homicídio. Os outros três membros da tripulação acusados de homicídios podem ser condenados à prisão perpétua. Uma quarta tripulante pode pegar 30 anos de prisão por negligência. Uma comissão de três juízes deve anunciar o veredicto em novembro.
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