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Combates em Áden já deixaram 185 mortos e 1.285 feridos

Coalizão árabe liderada pela Arábia Saudita entregou, pela primeira vez, armas para as milícias que combatem os xiitas houthis, que tomaram o poder e desestabilizaram o país

Por Da Redação
4 abr 2015, 11h49

Pelo menos 185 pessoas morreram e 1.285 ficaram feridos na cidade de Áden, no Iêmen, desde o início dos enfrentamentos armados, em 26 de março, entre as forças houthis e os comitês populares leais ao presidente iemenita Abd Rabbo Mansour Hadi. O diretor do departamento de Saúde da cidade, Al Jader Lasuar, disse que a maioria dos mortos é de xiitas houthis. O dirigente afirmou ainda muitas pessoas que morreram não passaram por hospitais e necrotérios, por isso é difícil fazer um registro completo dos mortos.

Além disso, Lasuar disse que os hospitais da cidade estão lotados de feridos e que alguns deles são tratados no chão, pois não há macas suficientes. O diretor denunciou que Áden só conta com dez ambulâncias para transportar os feridos para os hospitais e que os veículos não são adaptados para este tipo de situação. As equipes médicas estão expostas aos “disparos de ambos os lados”‘, e citou como exemplo a morte de dois integrantes da Cruz Vermelha iemenita em um tiroteio em Áden.

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Os enfrentamentos começaram no mesmo dia em que uma coalizão de países árabes, liderada pela Arábia Saudita, lançou uma operação militar para tentar conter o avanço de tropas houthis rumo a Áden. O presidente Hadi estabeleceu nesta cidade portuária sua sede, antes de fugir para Riad, na Arábia Saudita.

Armamentos – Aviões da coalizão árabe que luta no Iêmen contra os combatentes houthis entregaram nesta sexta armas leves, munição e remédios às milícias leais ao presidente iemenita. As caixas foram lançadas em paraquedas na cidade sulina de Áden, e a entrega foi realizada nos distritos de Jor Maksar, Mansura, Dar Saad e Criter.

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Esta é a primeira vez que os combatentes partidários de Hadi recebem armas das forças árabes, desde o começo da operação militar. Os houthis, que controlam o norte do país e parte do sul, têm seu principal bastião na montanhosa província de Saada, na fronteira com a Arábia Saudita. Desde setembro do ano passado, também controlam a capital, Sana. A operação ocorre em meio ao debate sobre o envio de forças terrestres da coalizão ao Iêmen, já que os bombardeios aéreos se demonstraram insuficientes para conter o avanço xiita em direção ao sul, depois que conseguiram entrar em Áden na quarta-feira passada.

O Iêmen enfrenta um período de muita turbulência política, com grupos rivais dentro do governo e ainda com o avanço de grupos islamitas radicais. A ascensão ao poder do grupo houthi, apoiado pelo Irã, desde setembro do ano passado, aumentou as divisões da complexa rede de alianças políticas e religiosas do país, dividiu o Exército e deixou o país em uma situação similar a uma guerra civil.

(Da redação)

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