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Premiê tailandesa pede a manifestantes que trabalhem por eleição

Yingluck Shinawatra disse que vai permanecer no poder até fevereiro, mas oposição exige renúncia e formação de 'governo paralelo'

Por Da Redação
10 dez 2013, 19h36

A primeira-ministra tailandesa, Yingluck Shinawatra, fez um apelo nesta terça-feira aos manifestantes de oposição para que deixem as ruas e trabalhem pela viabilização das eleições gerais convocadas para o início de fevereiro. “Agora que o governo dissolveu o Parlamento, peço a vocês que parem de protestar, e que todos os lados trabalhem por eleições”, disse. “Já cedi ao ponto em que não sei mais como ceder. Recuei em tudo o que podia, sejam um pouco justos comigo”.

Apesar do apelo da premiê, os manifestantes anunciaram que pretendem manter a pressão e deram 24 horas para que ela renuncie. Também propuseram a formação de um governo paralelo com “forças de paz voluntárias” para substituir a polícia e um “conselho popular” para governar.

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A dissolução do Parlamento e convocação de eleições antecipadas foram anunciadas na segunda-feira, em uma tentativa de acabar com a crise política que se arrasta por semanas. Os manifestantes acusam Yingluck de corrupção e de ser uma fantoche do irmão mais velho, o ex-primeiro-ministro Thaksin Shinawatra, um bilionário deposto do cargo de premiê por um golpe militar em 2006 – e que vive no exílio desde então.

Um dos organizadores dos protestos, Suthep Thaugsuban disse que o objetivo máximo é acabar com o “regime de Thaksin”. “Não podemos permitir que a tirania política, sob o disfarce de um governo da maioria, e o capitalismo clientelista e monopolista, usem a ditadura parlamentar para trair a confiança do povo”, disse ele a participantes da manifestação de segunda-feira.

Histórico – A Tailândia vive uma crise política desde o golpe militar que derrubou ao governo de Thaksin em 2006. Ele e a irmã contam com grande apoio entre as classes baixas e nas áreas rurais do nordeste, enquanto grande parte de seus opositores fazem parte das classes médias e altas urbanas e de setores próximos do Exército e da monarquia.

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Os protestos contra Yingluck estouraram no país no início de novembro. Os manifestantes são contra um projeto de lei apoiado pelo governo que pretende conceder uma anistia ao irmão da premiê. Com isso, ele não precisaria cumprir uma pena de dois anos de prisão por corrupção. Os tribunais também congelaram milhões de dólares seus em bancos tailandeses, mas a Justiça tailandesa acredita que ele ainda tenha uma grande quantidade de dinheiro no exterior. Thaksin foi condenado à revelia em 2008, dois anos depois de ser derrubado em um golpe militar. Vive no exílio desde então.

Desde o estabelecimento da monarquia constitucional na Tailândia, em 1932, o país já vivenciou dezoito golpes de Estado ou tentativas de derrubar o governo. A onda atual de protestos já deixou cinco mortos e mais de 200 feridos.

(Com agências Reuters e France-Presse)

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