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Rei da Tailândia pede união aos seus súditos

Governo e manifestantes fazem trégua para comemorar aniversário do monarca

Por Da Redação
5 dez 2013, 06h38

O rei da Tailândia, Bhumibol Adulyadej, fez nesta quinta-feira um pedido de união pelo bem do país a seus súditos, no discurso de celebração de seu aniversário, que acontece após os últimos protestos antigovernamentais. “A Tailândia se manteve pacífica graças à união dos tailandeses e ao seu amor pelo país”, disse o monarca, que hoje completa 86 anos, em um pronunciamento retransmitido por todos os canais de televisão do país. “O povo tailandês vai contribuir para a segurança, felicidade e prosperidade do país em sua totalidade se cumprir com suas obrigações de forma adequada”, acrescentou o rei.

O discurso institucional aconteceu depois de vários dias de distúrbios na capital Bangcoc entre manifestantes antigovernamentais e a polícia, que foram interrompidos na terça-feira de manhã com uma trégua estipulada por causa do aniversário do monarca. A primeira-ministra, Yingluck Shinawatra, e seu gabinete estiveram presentes na recepção oferecida na cidade de Hua Hin pelo rei e que, pela primeira vez, aconteceu fora da capital. O rei reside no palácio de verão que a Família Real possui nessa cidade litorânea, situada a cerca de 200 quilômetros de Bangcoc, desde que deixou o hospital Siriraj da capital em agosto, onde estava internado desde 2009.

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Milhares de pessoas, com camisas e bandeirolas amarelas, a cor da monarquia tailandesa, esperavam desde ontem à noite nas ruas de Hua Hin para ver a passagem da comitiva real a caminho do Palácio de Klai Kangwon, onde aconteceu a recepção. A multidão saudou o monarca com bandeiras e o cumprimentou com gritos de “longa vida ao rei” durante a passagem da longa caravana de veículos.

Bhumibol Adulyadej foi coroado em 1946 e é o nono soberano da dinastia Chakri. O monarca é reverenciado por grande parte dos tailandeses como se fosse uma divindade e adulado pela imprensa do país. No entanto, por causa da instabilidade política na Tailândia, o papel da monarquia passou a ser questionado por alguns setores da sociedade, sobretudo, a estrita aplicação da ‘lei contra a altivez’. Nos últimos anos, vários tailandeses e alguns estrangeiros foram formalmente acusados de cometer esse crime, quando na década de 1990 a lei quase não foi utilizada, segundo o Grupo de Conscientização do Artigo 112, uma organização que faz campanha contra o uso dessa lei. A ‘lei contra a altivez’ protege o rei contra ‘blasfêmias e calúnias’ e contempla penas de até 15 anos de prisão para as pessoas que forem declaradas culpadas.

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A precária saúde de Bhumibol Adulyadej, que aparece em público ou concede audiências em raras ocasiões, causa preocupação e ansiedade entre a população pelo futuro do país. O herdeiro do trono é seu único filho homem, o príncipe Maha Vajiralongkorn, de 60 anos, que não tem a mesma popularidade de seu pai.

Protestos – Os protestos contra a primeira-ministra Yingluck estouraram no país há cerca de quinze dias. Os manifestantes são contra um projeto de lei apoiado pelo governo que pretende conceder uma anistia ao irmão da premiê, Thaksin Shinawatra. Com isso, ele não precisaria cumprir os dois anos de prisão por corrupção. Ex-primeiro-ministro, Thaksin foi condenado em 2008, dois anos depois de ser derrubado em um golpe militar. Com exceção de um breve retorno à Tailândia em 2008, ele viveu no exílio desde então. Os tribunais também congelaram milhões de dólares seus em bancos tailandeses, mas a Justiça tailandesa acredita que Thaksin ainda tenha uma grande quantidade de dinheiro no exterior.

(Com agência EFE)

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