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Jornalistas detidos no Egito vão responder por conspiração

Quatro jornalistas estrangeiros são acusados de ajudar dezesseis egípcios apontados como integrantes de uma "organização terrorista"

Por Da Redação
29 jan 2014, 21h18

O Egito vai levar a julgamento quatro jornalistas por conspiração. Um australiano, dois britânicos e uma holandesa são acusados de ajudarem dezesseis egípcios pertencentes a uma “organização terrorista”. A informação foi dada nesta quarta-feira pela procuradoria pública, que descreveu os quatro estrangeiros como correspondentes da rede Al Jazeera.

Os dezesseis egípcios responderão a várias acusações, incluindo a de pertencer a um grupo terrorista, prejudicar a unidade nacional e a paz social, e usar o terrorismo como meio para atingir seus objetivos. Os estrangeiros são acusados de colaborar com os egípcios fornecendo a eles informação, equipamentos e dinheiro. E também por veicular “mentiras” que prejudicaram o interesse nacional.

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Oito acusados estão detidos. Mandados de prisão foram emitidos para os demais. Entre os estrangeiros, três jornalistas da emissora com sede no Catar – o australiano Peter Greste, o egípcio-canadense Mohamed Fahmy e Baher Mohamed – foram detidos no Cairo no dia 29 de dezembro e permanecem sob custódia, segundo a Al Jazeera. As detensões ocorreram depois de o Ministério do Interior ter acusado os profissionais de transmitir notícias ilegalmente da suíte de um hotel. A rede de notícias afirmou que os jornalistas estavam apenas reportando a situação no país.

Dos três detidos, Greste está sendo acusado de colaborar com “terroristas” ao falar com membros da Irmandade Muçulmana, informou a rede BBC. Fahmy, chefe do escritório da Al Jazeera no Cairo, e o produtor Mohamed responderão a acusação mais grave de serem membros da Irmandade. O grupo radical islâmico que levou Mohamed Mursi ao poder em junho de 2012 foi classificado como organização terrorista pelo governo interino montado após o golpe militar que derrubou Mursi, em julho do ano passado.

O governo provisório também prendeu lideranças da Irmandade e conflitos com partidários de Mursi depois de sua deposição resultou em massacres. Os atentados terroristas contra prédios do governo também aumentaram depois da destituição do presidente. Representantes do Ministério do Exterior e do serviço de informação estatal não souberam dizer se a mera publicação de uma entrevista com um membro da Irmandade agora seria considerada crime, afirmou o jornal The New York Times.

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(Com agência Reuters)

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