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Número de mortos em confrontos no Egito ultrapassa 600

São quase 4 000 feridos, diz governo interino. Irmandade Muçulmana afirma haver mais vítimas. Conselho de Segurança da ONU faz reunião de emergência

Por Da Redação
15 ago 2013, 17h33

O Ministério da Saúde do Egito informou que o número de mortos nos confrontos de quarta-feira pelo país aumentou, chegando a 638. O número de feridos chegou a 3 994. Para a Irmandade Muçulmana, que tem realizado protestos contra o governo interino organizado pelo Exército depois do golpe contra o ex-presidente Mohamed Mursi, o número de mortos é muito maior, uma vez que o governo interino conta apenas os corpos registrados em hospitais. Vários outros estariam em mesquitas no Cairo, sendo preparados para o funeral.

Entenda o caso

  1. • Na onda das revoltas árabes, egípcios iniciaram, em janeiro de 2011, uma série de protestos exigindo a saída do ditador Hosni Mubarak, há trinta anos no poder. Ele renunciou no dia 11 de fevereiro.
  2. • Durante as manifestações, mais de 800 rebeldes morreram em confronto com as forças de segurança de Mubarak, que foi condenado à prisão perpétua acusado de ordenar os assassinatos.
  3. • Uma Junta Militar assumiu o poder logo após a queda do ditador e até a posse de Mohamed Mursi, eleito em junho de 2012.
  4. • Membro da organização radical islâmica Irmandade Muçulmana, Mursi ampliou os próprios poderes e acelerou a aprovação de uma Constituição de viés autoritário.
  5. • Opositores foram às ruas protestar contra o governo e pedir a renúncia de Mursi, que não conseguiu trazer estabilidade ao país nem resolver a grave crise econômica.
  6. • O Exército derrubou o presidente no dia 3 de julho, e anunciou a formação de um governo de transição, que não foi aceito pelos membros da Irmandade Muçulmana.

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O Conselho de Segurança da ONU fará uma reunião de emergência em Nova York nesta quinta para discutir a crise. A reunião foi solicitada por França, Grã-Bretanha e Austrália. Os governos da Alemanha, Itália, França e Turquia, entre outros, convocaram seus embaixadores no Egito para expressar a reprovação aos conflitos no país.

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O Departamento de Estado americano elevou o alerta para o Egito e aconselhou seus cidadãos a não viajarem para o país – e os que lá estiverem, a deixar o território. Os EUA advertem que as manifestações “em muitas ocasiões degeneraram para confrontos” e ressaltou uma preocupação específica relacionada a agressões sexuais. O alerta é uma atualização do divulgado no início deste mês, quando os EUA ordenaram a retirada de todos os funcionários não essenciais e seus familiares. “Enquanto os protestos mais violentos ocorreram em áreas metropolitanas, incluindo o centro do Cairo, Gizé, Alexandria e Port Said, também há informações sobre conflitos em outras áreas do país”, diz o comunicado.

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Os Estados Unidos cancelaram o exercício militar conjunto que seria realizado pelas Forças Armadas dos dois países, mas não a bilionária ajuda financeira destinada ao país. A porta-voz do Departamento de Estado americano, Jen Psaki, disse que o governo americano continua revisando os programas de ajuda com base nas informações que chegam do Egito.

Os confrontos de quarta tiveram início durante uma operação para dispersar apoiadores de Mursi que ocupavam duas praças no Cairo. Nesta quinta, a Irmandade Muçulmana realizou novos protestos. Um prédio do governo foi incendiado no território administrativo de Gizé e estradas que dão acesso às mundialmente conhecidas pirâmides foram bloqueadas. Também houve manifestações pró-Mursi em Alexandria, a segunda maior cidade do país. Sete soldados egípcios foram mortos por homens armados perto da cidade de al Arish, na região do Sinai, informou o Wall Street Journal.

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