EUA mantêm fundo de US$ 25 mi para ajudar oposição síria
Recursos do fundo não financiam armamentos, garante o governo americano
O porta-voz do Departamento de Estado americano, Patrick Ventrell, anunciou nesta quarta-feira que os Estados Unidos mantêm um fundo de cerca de 25 milhões de dólares para apoiar com material “não letal” os rebeldes que fazem oposição ao regime do ditador sírio Bashar Assad.
Entenda o caso
- • Na onda da Primavera Árabe, que teve início na Tunísia, sírios saíram às ruas em 15 de março de 2011 para protestar contra o regime de Bashar Assad.
- • Desde então, os rebeldes sofrem violenta repressão pelas forças de segurança, que já mataram milhares de pessoas no país.
- • A ONU alerta que a situação humanitária é crítica e investiga denúncias de crimes contra a humanidade por parte do regime.
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Ventrell detalhou que já foram gastos “vários milhões de dólares” desse fundo para assistência não armamentista e que a contribuição “continuará enquanto os pedidos forem chegando e enquanto continuarmos desenvolvendo planos com a oposição”.
Essas despesas “não letais” se centrariam em equipamentos de comunicação codificados para permitir as operações da oposição sob a ferrenha repressão do regime de Assad. “Já gastamos uma porção significativa e continuaremos utilizando mais em consultas com a oposição (síria) e, obviamente, com o Congresso dos EUA, segundo forem aparecendo as necessidades”, afirmou o porta-voz.
Por outro lado, os EUA reservaram 64 milhões de dólares para ajuda exclusivamente humanitária, especialmente para auxiliar as mais de 130.000 pessoas que buscaram refúgio fora das fronteiras da Síria.
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Operações secretas – Nesta quarta-feira, as redes CNN e NBC informaram que o presidente Barack Obama assinou há poucos meses uma ordem autorizando operações secretas da Agência Central de Inteligência (CIA) e de outras agências para apoiar os rebeldes sírios em sua luta para derrubar Assad. No entanto, as fontes não informaram detalhes da autorização.
Esse tipo de ordem permite à CIA produzir operações, mas não envolve ajuda armamentista às forças rebeldes, que já controlam amplas zonas fronteiriças e algumas cidades. Desde que começou a revolta contra o regime, em março de 2011, o conflito na Síria causou pelo menos de 17.000 mortes.
(Com agência EFE)