Rebeldes mantêm prisioneiros pró-Assad em escolas
Violações de direitos humanos partem dos dois lados do conflito na Síria
Assim como as forças do regime de Bashar Assad, os soldados desertores do Exército sírio também violam sistematicamente os direitos humanos – eles mantêm prisioneiros pró-governo encarcerados em escolas no norte da Síria, informou nesta quarta-feira a rede CNN.
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Entenda o caso
- • Na onda da Primavera Árabe, que teve início na Tunísia, sírios saíram às ruas em 15 de março de 2011 para protestar contra o regime de Bashar Assad.
- • Desde então, os rebeldes sofrem violenta repressão pelas forças de segurança, que já mataram milhares de pessoas no país.
- • A ONU alerta que a situação humanitária é crítica e investiga denúncias de crimes contra a humanidade por parte do regime.
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Os rebeldes convidaram jornalistas estrangeiros para conhecer uma dessas escolas, onde 40 homens com as cabeças raspadas são mantidos como prisioneiros. “Eles são shabiha”, disse aos repórteres um dos rebeldes, se referindo à temida milícia armada que luta ao lado do Exército sírio.
O ‘diretor’ da prisão, um ex-funcionário do Ministério sírio da Agricultura chamado Abu Hatem, insistiu que as condições na escola são melhores do que os centros de detenção do governo, mas havia sinais de tortura nos corpos dos detentos. Um deles mostrou a um jornalista da CNN, a pedido dos rebeldes, tatuagens dos rostos das principais autoridades sírias, de leões (‘Assad’ significa ‘leão’ em árabe) e frases como ‘o homem de Assad’ e ‘saudações, Hezbollah’.