Assad: ‘Síria trava batalha crucial por seu destino’
Em pronunciamento por ocasião do 67º aniversário do Exército do país, ditador enalteceu tropa e a encorajou a continuar sendo a 'fortaleza da nação'
O presidente da Síria, Bashar al-Assad, afirmou nesta quarta-feira que o Exército trava uma batalha “heroica” e “crucial” pelo destino do país, em um discurso divulgado pela agência oficial Sana por ocasião do 67º aniversário da tropa. “Dessa batalha depende o destino de nosso povo e de nossa nação, porque o inimigo se encontra agora entre nós, utilizando agentes internos como meio para desestabilizar a pátria, a segurança dos cidadãos e esgotar nossos recursos econômicos e científicos”, afirmou o presidente sírio.
As declarações de Assad coincidem com a chegada dos combates ao centro histórico de Damasco. Intensos tiroteios e explosões começaram a ser ouvidos desde a noite de terça-feira nos bairros de Bab Tuma e Bab Sharqi, na região da capital conhecida como Cidade Velha, e continuavam na manhã desta quarta-feira.
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Entenda o caso
- • Na onda da Primavera Árabe, que teve início na Tunísia, sírios saíram às ruas em 15 de março de 2011 para protestar contra o regime de Bashar Assad.
- • Desde então, os rebeldes sofrem violenta repressão pelas forças de segurança, que já mataram milhares de pessoas no país.
- • A ONU alerta que a situação humanitária é crítica e investiga denúncias de crimes contra a humanidade por parte do regime.
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Em seu pronunciamento, Assad afirmou que “eles queriam privar o povo de sua capacidade de decisão, mas se surpreenderam ao ver este povo orgulhoso enfrentar estes planos e fazê-los fracassar”. Na mensagem aos soldados sírios, o ditador sírio recordou que “vocês, homens desta pátria, têm escrito as epopeias mais maravilhosas (…) e mostrado, ao enfrentar a guerra travada contra nosso país e os grupos terroristas, que possuem uma vontade de ferro e uma consciência viva”. Ele os encorajou a prosseguir sua preparação “para que continuem sendo a fortaleza da nossa nação”.
O governo sírio chama os grupos combatentes rebeldes do Exército Sírio Libre (ESL) de “grupos terroristas armados, a soldo de estrangeiros, que desejam espalhar o caos”.
(Com agências AFP e EFE)