ELN reitera vontade de negociar com Juan Manuel Santos
O ELN comentou seu interesse em negociar a paz no dia em que Juan Manuel Santos confirmou as conversações com as Farc
O grupo terrorista colombiano Exército de Libertação Nacional (ELN) reiterou nesta segunda-feira sua vontade de negociar um acordo de paz ‘sério e respeitoso’ com o governo do presidente Juan Manuel Santos, a exemplo do que fizeram as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).
O chefe do grupo, Nicolás Rodríguez Bautista, também conhecido como Gabino, destacou, por meio de uma carta aberta, que a única forma que resta ao país para superar o conflito interno é a política.
Saiba mais: Santos nega cessar-fogo proposto pelas Farc
Histórico – Santos disse, durante uma mensagem televisionada na qual confirmava o início das negociações com as Farc, no dia 27 de agosto, que a direção da ELN também se mostrava interessada em negociar com o governo. Em julho, a guerrilha pediu à União das Nações Sul-americanas (Unasul) que intermediasse o processo de paz.
Leia também:
O “marxismo” do pó das Farc e o RAP copularam, e a cria saiu do coração das trevas
Farc – As negociações com as Farc devem ter início na próxima semana em Oslo, na Noruega. Santos explicou, na ocasião em que divulgou a tentativa de acordo, que o debate era resultado de conversas discretas realizadas “durante seis meses em Havana com o acompanhamento de Cuba e Noruega”, nas quais ficaram definidos “o propósito, a agenda e as regras do jogo” para a obtenção de um “acordo final”.
A última negociação entre o governo colombiano e as Farc aconteceu entre 1999 e 2002, durante a presidência de Andrés Pastrana, sem resultados.
Para Santos, “o uso da força para atingir objetivos políticos é coisa do passado”.
(Com Agência EFE)