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UFC na Suécia: Brasil x Afeganistão em luta entre soldados

Paulo Thiago é do Bope de Brasília. Seu rival, o afegão Siyar Bahadurzada, cresceu 'passando por cima de corpos' - e espera mudar imagem do seu país

Por Da Redação
13 abr 2012, 16h13

“Dentro do octógono não importa se sou policial do Bope e ele nasceu no Afeganistão. Quando a porta fecha, o que vale mesmo é quem está bem treinado”, diz Paulo Thiago

Depois de três semanas sem lutas – a última noitada de combates foi no Japão -, o UFC estreia na Suécia neste sábado, com três brasileiros no octógono. Como aconteceu quando o evento veio ao Brasil, os organizadores priorizaram os lutadores suecos na hora de escalar os confrontos – são quatro atletas, um deles no desafio principal da noite. Dois brasileiros estão no card principal. Depois de ficar um ano afastado em função de uma suspensão por doping (leia mais no quadro abaixo), Thiago Silva enfrentará o sueco Alexander Gustafsson. Antes disso, Paulo Thiago, policial do Bope de Brasília, enfrenta Siyar Bahadurzada, único lutador do Afeganistão no UFC, que faz sua estreia no evento. O confronto coloca frente a frente dois tipos diferentes de soldado – mas ambos muito marcados por suas batalhas.

“Dentro do octógono não importa se sou policial do Bope e ele nasceu no Afeganistão. Quando a porta fecha, o que vale mesmo é quem está bem treinado”, disse Paulo Thiago, que costuma treinar nos intervalos dos seus turnos na polícia de Brasília (assista às cenas no vídeo abaixo). Com catorze vitórias e três derrotas no cartel, o lutador de 31 anos venceu seu último combate, no Rio de Janeiro, em janeiro, contra o americano David Mitchell. Bahadurzada, seu adversário deste sábado, jamais participou do UFC. “Vai ser uma luta muito difícil, ele é experiente, tem 19 vitórias no MMA, e vem de uma sequência de boas apresentações”, afirmou Thiago – que, como de costume, vai entrar ao som de Tropa de Elite, da trilha do filme homônimo. Se Thiago é representante da guerra urbana dos brasileiros contra o crime, o afegão é um sobrevivente da violência que arrasou seu país nas últimas décadas.

“Quando tinha uns 3 ou 4 anos, caminhava pulando corpos. Isso me mudou como pessoa e construiu meu caráter”, disse Bahadurzada ao site do UFC. O lutador de 27 anos afirma que o 11 de Setembro, ataque ordenado por Osama bin Laden enquanto ele era protegido pela milícia Talibã do Afeganistão, foi uma vergonha para seu povo – e, hoje, faz parte de sua missão de vida tentar mudar a imagem que o mundo tem de seu país de origem. “Ninguém se lembra disso, mas temos 5.000 anos de história. Somos hospitaleiros, temos uma vasta cultura e sempre fomos uma civilização aberta a outros povos.” A principal luta da noite seria entre Rogério Minotouro Nogueira e Alexander Gustafsson, representante da Suécia, mas o brasileiro lesionou o joelho e foi substituído por Thiago Silva. Doping – Gustafsson tem treze vitórias – vem em uma sequência de quatro triunfos consecutivos -, e apenas uma derrota. Seu único revés ocorreu em 2010, num duelo contra o americano Phil Davis. O sueco acredita que o vencedor do confronto pode ganhar uma chance de disputar o título da categoria meio-médio – o canadense Georges St. Pierre é o campeão, mas a categoria está com um ocupante interino do cargo, o americano Carlos Condit, que detém o cinturão de forma provisória, já que GSP está impedido de lutar por causa de repetidas lesões. Menos badalado que o lutador da casa, Thiago Silva volta ao UFC depois de ser pego no doping no UFC 125, em 2011. O brasileiro admitiu que trocou a amostra de urina para tentar não ser flagrado no exame, e agora volta ao UFC para tentar recuperar sua imagem como lutador.

Leita também: – UFC: lutadores imitam ‘discurso de boleiro’ e só se repetem – Próximo UFC Brasil será no Rio de Janeiro – Minotauro: ‘Quero lutar no próximo UFC Brasil’ – Lorenzo Fertitta: ‘Sempre quis um time de futebol americano ou basquete’ – MMA x futebol: qual machuca mais? – Os campeões de MMA na mira: a vez das marias-tatame

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