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MMA x futebol: qual machuca mais?

Por Silvio Nascimento, com reportagem de Davi Correia
9 jan 2012, 09h05

Com o crescimento do UFC no Brasil em 2011, um público avesso aos esportes de contato passou a questionar se o MMA não era muito perigoso – algumas imagens realmente chegam a ser chocantes em casos de nocautes e imobilizações – e logo vieram as comparações. A mais comum delas, é claro, é com o futebol. Pode parecer que no MMA os atletas se machucam mais que no futebol, mas é preciso levar em conta variáveis como números de vezes em que ocorrem as disputas – lutadores fazem geralmente entre duas e três lutas por ano enquanto os jogadores podem entrar em campo mais de 60 vezes num ano.

Para ter uma ideia, o craque Neymar, por exemplo, fez 66 partidas (5.940 minutos, 99 horas) oficiais em 2011 pelo Santos, enquanto o campeão Anderson Silva fez duas lutas, uma em fevereiro (venceu Vitor Belfort) e outra em agosto, no UFC Rio (venceu o japonês Yushin Okami), ficando no total pouco mais de 11 minutos minutos dentro do octógono no ano. O contato nem chega a ser o principal foco de atenção dos lutadores, pois eles estão cientes dos riscos que correm, treinam diariamente para evitar e amenizar os golpes mais duros e ainda contam com acompanhamento médico, antes, durante e depois dos combates.

A principal diferença entre os dois esportes é que o futebol exige mais de tornozelo e joelho, enquanto no MMA a maior preocupação é com lesões na cabeça e também no joelho. Responsável pelas operações de lutadores como Rodrigo Minotauro e Júnior Cigano, o médico Moisés Cohen, chefe do Departamento de Ortopedia e Traumatologia da Unifesp, diz que um jogador de futebol faz um movimento inesperado, em média, a cada seis segundos, o que pode causar lesões.

Liedson, do Corinthians, disputa bola com Bruno, do São Paulo, durante partida pelo Campeonato Brasileiro - 26/06/2011
Liedson, do Corinthians, disputa bola com Bruno, do São Paulo, durante partida pelo Campeonato Brasileiro – 26/06/2011 (VEJA)
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“O futebol não tem um movimento específico, isso aumenta o risco de lesões nos membros inferiores. Na maioria das vezes as lesões acontecem sem o contato, ao contrário do que ocorre no MMA. A maior preocupação com os esportes de contato é o trauma no crânio, que chamamos concussão cerebral, quando o cérebro se movimenta dentro da caixa craniana por causa de uma pancada. Mas isso também pode ocorrer no futebol” – nesse caso, quando geralmente atletas disputam uma jogadas de bola alta e podem cabecear o adversário em vez da bola.

Segundo o médico, as lesões nos joelhos dos lutadores acontecem porque “precisam fixar os pés e deixar os joelhos dobrados para evitar as quedas”. “Quando o trauma ou impacto é muito forte, o pé fica fixo no chão e o joelho sofre o esforço com o giro do corpo, o que pode causar a ruptura do ligamento”. Foi o aconteceu com Minotauro e com Cigano – este último, com ruptura de menisco.

No futebol, outro problema comum entre os jogadores é o ritmo de jogo e de treino. “As lesões musculares são muito comuns no futebol, por causa da sobrecarga. Como é de alto rendimento, e cada vez mais competitivo, alguns atletas acabam passando do limite físico.”

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