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ONU indica concentração recorde de gases de efeito estufa

Carga atmosférica de gases de efeito estufa devido às atividades humanas atingiu níveis nunca antes registrados desde a era pré-industrial, afirma relatório

Por Da Redação
Atualizado em 6 Maio 2016, 16h54 - Publicado em 21 nov 2011, 09h38

Os níveis na atmosfera de gases de efeito estufa chegaram a um novo recorde em 2010 e a taxa de crescimento acelerou. A informação é da agência meteorológica da Organização das Nações Unidas (ONU). Os níveis de dióxido de carbono subiram para 2,3 partes por milhão entre 2009 e 2010, maiores que a média da última década de 2,0 partes por milhão, segundo o novo relatório da Organização Meteorológica Mundial (OMM).

Vilões – “A carga atmosférica de gases de efeito estufa devido às atividades humanas atingiu níveis nunca antes registrados desde a era pré-industrial”, afirmou o secretário-geral da OMM, Michel Jarraud. Os cientistas atribuíram o aumento do dióxido de carbono, que contribui com cerca de 64% para o aquecimento global, à queima de combustível fóssil, ao desmatamento e a mudanças no uso da terra.

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EFEITO ESTUFA

O efeito estufa ocorre quando alguns gases da atmosfera aprisionam a radiação infravermelha. Esse efeito faz o planeta ficar mais quente, assim como uma estufa de plantas mantém a temperatura interior mais alta. O efeito estufa é causado por gases como o gás carbônico, o metano e o óxido nítrico. Quanto mais gases desse tipo existirem em suspensão, mais o ar retém o calor. É por isso que os gases do efeito estufa podem acelerar o aquecimento global.

O boletim anual de Gases de Efeito Estufa da OMM também afirma que os níveis de metano subiram após um período de relativa estabilização de 1999 a 2006. O metano, produzido pela criação de gado e por aterros sanitários, é o segundo gás de efeito estufa mais importante, depois do dióxido de carbono.

O relatório também chama a atenção para o aumento da concentração de óxido nitroso, subproduto da queima de biomassa e do uso de fertilizantes: 323,2 partes por bilhão em 2010, taxa 20% maior do que na era pré-industrial, definida como o período anterior a 1750. “Seu impacto sobre o clima, ao longo de um período de 100 anos, é 298 vezes maior do que as emissões equivalentes de dióxido de carbono”, indicou o relatório. “O óxido nitroso também desempenha um papel importante na destruição da camada de ozônio que nos protege dos nocivos raios ultravioleta do sol”.

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Bomba relógio – “Mesmo se conseguíssemos parar nossas emissões de gases de efeito estufa hoje – e isso está longe de ser o caso – elas continuariam na atmosfera por décadas, e assim afetariam o delicado equilíbrio do nosso planeta e do nosso clima”, disse Jarraud. “Agora, mais do que nunca, precisamos entender as complexas e, às vezes inesperadas, interações entre gases de efeito estufa na atmosfera, na biosfera da Terra e nos oceanos”.

O sétimo boletim de Gases de Efeito Estufa foi divulgado antes de uma nova rodada de negociações da ONU sobre o clima na África do Sul, na próxima segunda-feira. No encontro, que ocorrerá na cidade de Durban, a organização vai rediscutir o impasse sobre o Protocolo de Kyoto, o único acordo com configurações legais sobre os gases de efeito estufa e que não terá validade após 2012.

(Com Agência France-Presse)

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