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Japão adia lançamento da sonda que vai recolher amostras de asteroide

Devido ao mau tempo, a sonda Hayabusa 2 deve ser lançada no início da próxima semana

Por Da Redação
Atualizado em 6 Maio 2016, 16h08 - Publicado em 28 nov 2014, 14h27

A Agência Aeroespacial japonesa (Jaxa) anunciou nesta sexta-feira o adiamento do lançamento da sonda espacial Hayabusa 2, que vai recolher amostras de um asteroide. Por causa das más condições climatológicas, o evento que deveria ocorrer no domingo ficará para segunda ou terça-feira, a depender do tempo.

O lançamento da segunda sonda do programa Hayabusa – que significa falcão, em japonês – será realizado no centro espacial da ilha de Tanegashima, no Japão, a bordo de um foguete H-IIA. A Hayabusa 2 demorará cerca de 3 anos e meio para alcançar o asteroide 1999JU3, de 900 metros de diâmetro, e deve colher pedras e areia desse corpo celeste que, acredita-se, poderia conter água e substâncias orgânicas.

Se a missão tiver êxito, a sonda trará as amostras para a Terra em uma cápsula em dezembro de 2020, após um ano e meio de pesquisas em torno do asteroide. O 1999JU3, descoberto em 1999 pelo programa de pesquisa americano Linear, faz parte dos chamados asteroides Apolo, um dos três grupos que estão mais próximos da Terra.

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O objetivo dessa missão é semelhante ao da Rosetta, que enviou um módulo ao cometa 679 este mês: fornecer pistas sobre a origem do Sistema Solar e da vida na Terra.

Histórico – ​A primeira missão Hayabusa foi lançada em 2003, com destino ao asteroide Itokawa, com apenas 500 metros de diâmetro. Ela possibilitou a primeira observação de perto desse tipo de corpo celeste, além de fazer medições de gravidade, composição mineral e distribuição da altitude na superfície. A sonda fez diversas tentativas de coletar amostras e em uma delas perdeu o contato com a Terra e caiu no asteroide, sofrendo alguns danos. Mesmo assim, ela conseguiu retornar em junho de 2010.

Quando a nave chegou à Terra, os pesquisadores encontraram algumas partículas em seu interior. Muitas delas eram de fato do asteroide, e estavam misturadas com partículas da própria nave. No fim, as amostras do corpo celeste somavam menos de 1 miligrama.

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Análise da amostra – O estudo dessas partículas mostrou que a superfície do Itokowa é abundante em olivina (um mineral da mesma família dos silicatos de magnésio e ferro), e que a forma do asteroide é constantemente modificada por micrometeoros de alta velocidade. Pequenas crateras, fraturas e até mesmo micrometeoros fundidos nos grãos eram evidentes nas amostras estudadas pelos pesquisadores japoneses.

Esses micrometeoros medem apenas alguns nanômetros e podem se mover em até 36.000 quilômetros por hora. Eles demonstram que, mesmo em escala microscópica, o meio ao qual os asteroides estão expostos é violento.

Os cientistas especulam que essa acumulação de pequenas partículas pode ser parte do que “construiu” os planetas, uma pequena escala do mecanismo fundamental que criou o Sistema Solar.

(Com Agência EFE)

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