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Christina Aguilera e a arte de administrar a própria carreira

Cantora sabe se reinventar na música, no cinema e também no mundo da moda

Por Rodrigo Levino
31 jan 2011, 11h05

Christina realizou, desde o começo dos anos 2000, algumas guinadas essenciais para a sua sobrevivência artística

Christina Aguilera está no Brasil para lançar, nesta segunda-feira, uma linha de roupas na São Paulo Fashion Week. Se o foco profissional da cantora se limitasse aos discos e shows, até soaria estranho. Mas não é o caso. Oriunda de um grupo de artistas infantis revelados pelo canal Disney nos anos 90 – como Britney Spears, Keri Russel e Justin Timberlake – ela soma em doze anos de carreira mais de 50 milhões de álbuns vendidos no mundo todo. Isso se deve, além do corpo curvilíneo, das canções grudentas e da boa voz, a um faro comercial impecável e ao total controle da carreira, que com isso se desdobra em áreas como cinema e moda.

Sem o talento de Timberlake – exímio dançarino e ótimo intérprete – ou a vocação para escândalos de Britney Spears – antes de se internar em uma clínica de reabilitação, em 2007 – Christina trabalhou duro farejando as melhores parcerias. E, desde o começo dos anos 2000, já deu algumas guinadas essenciais para a sua sobrevivência artística. Já gravou músicas em espanhol de olho no mercado latino dos EUA, virou “funkeira” com o disco Stripped (2002), protagonizou um beijaço com Madonna e Britney Spears depois de cantarem Like a Virgin ao vivo, reabilitou-se como intérprete acompanhada pelo respeitado jazzista Herbie Hancock e aproximou-se do panteão do pop cantando com os Rolling Stones num show dirigido por Martin Scorcese. Por fim, arriscou-se no cinema dividindo com a também cantora Cher o filme Burlesque, indicado ao Globo de Ouro 2011.

Publicidade – Christina, que já festejou ter nove piercings espalhados pelo corpo – segundo ela, um deles muito elogiado por seu ginecologista e por sua depiladora -, estrelou em seguida a campanha de uma respeitada marca de roupas italiana. Desagradou pais aflitos, atiçou a curiosidade de garotos com hormônios transbordantes, cravou a imagem de mulher refinada logo depois. Em nenhuma das manobras perdeu o controle da situação.

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Para efeito de comparação, embora a segunda não conte com uma grife de roupas nas gôndolas de lojas de departamento (ainda bem), é possível traçar um paralelo entre ela e a brasileira Marisa Monte. As duas fazem parte de um grupo pequeno de artistas que peitam as gravadoras, acompanham a distribuição dos seus discos, a montagem de turnês e são rigorosos na venda da própria imagem.

Pode-se até criticar como cafona a linha de roupas assinada por ela, como ousou Britney em 2003 após uma discussão entre as duas em um clube de Nova York. O que não dá mesmo é para negar que Christina é uma boa comerciante de si mesma.

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