Thor diz ter dado R$ 300 mil à família do ciclista que matou

Pouco mais de um mês depois de faltar à audiência alegando problemas de saúde, Thor Batista compareceu na tarde desta quinta-feira ao Fórum de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. O filho do empresário Eike Batista responde por homicídio culposo (sem intenção) por ter atropelado o ciclista Wanderson Pereira dos Santos, de 30 anos, na Rodovia Washington Luiz (BR-040), em março de 2012. À juíza Daniela Barbosa Assumpção ele afirmou ter prestado auxílio financeiro à família da vítima após o acidente. O jovem diz que entregou a uma tia com quem o ciclista vivia a quantia de 300.000 reais, e garante ter recibos que comprovam o pagamento.

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Sobre o atropelamento, Thor diz ter sido “inevitável”. Ele conta que havia saído de um restaurante com um amigo, na cidade de Itaipava, na Região Serrana quando viu um homem cruzando a pista da Rodovia Washington Luís (BR-040). “Não tive tempo de desviar”, destacou, no depoimento que durou cerca de 40 minutos. “Estava a mais ou menos 100 km/h na reta. E por volta de 70 km/h na Serra, pois as curvas lá são muito acentuadas”, completou o jovem. Um novo laudo divulgado pela Polícia Civil no início desse mês atesta que Thor dirigia entre 100 e 115 km/h. A velocidade máxima permitida no local é de 110 km/h. O documento anterior apontava que o jovem estava a 135 km/h.

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Aparentando calma, Thor estava acompanhado de três advogados e da mãe, Luma de Oliveira, com quem chegou de mãos dadas ao Fórum, por volta das 13h. A partir do depoimento do motorista, o processo passa para a etapa de alegações finais. Defesa e Ministério Público têm cinco dias para elaborar o documento. A sentença está prevista para sair ainda neste semestre. A pena prevista para o homicídio culposo é de dois a quatro anos de prisão.

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