Professores em greve protestam em frente à prefeitura do Rio
Policial flagrado jogando spray de pimenta em jornalistas e em manifestantes na noite de segunda, na Rua do Catete, é afastado dos trabalhos de rua
Uma nova manifestação promovida por professores da rede pública cruzou o bairro da Tijuca e chegou à prefeitura, no Centro do Rio. A Polícia Militar informa que há 8 000 pessoas no protesto. O Sindicato Estadual de Profissionais de Educação do Rio de Janeiro (SEPE-RJ) estima a participação de 20 000 manifestantes. Por causa do ato, muitos comerciantes da Rua Haddock Lobo fecharam as portas. Os professores se reuniram na manhã desta terça-feira e decidiram manter a paralisação, que começou no dia 8 de agosto. Outra assembleia está marcada para sexta-feira, 23. A prefeitura ameaçou cortar os pontos dos professores a partir da última segunda-feira.
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Na tarde de segunda-feira, outro protesto de professores fechou a Avenida Delfim Moreira, próximo à residência de Cabral, no bairro do Leblon, Zona Sul. Sem acordo para a greve, eles se juntaram aos integrantes do Ocupa Cabral. À noite, foi a vez de uma manifestação pelas ruas do Centro e do Catete, que terminou em confusão entre a polícia, os manifestantes e os jornalistas.
Truculência – Um policial militar do Batalhão de Choque, flagrado jogando spray de pimenta em jornalistas e advogados da OAB que acompanhavam a manifestação na Rua do Catete, foi afastado das ruas pela corporação. Imagens de cinegrafistas mostram que o Batalhão de Choque cercou uma mulher moradora de rua enquanto tentavam impedir que a ação fosse filmada. Três PMs deitaram a mulher no chão. Quando foi possível retomar as filmagens, a mulher estava sem roupa pedindo socorro. Nesse momento, um policial apareceu jogando spray de pimenta nos jornalistas.
A assessoria de imprensa da PM afirma que a corregedoria da corporação abriu uma sindicância para apurar os fatos e que o policial, se tiver cometido a agressão, será punido.
(Com Agência Estado)
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