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Motoristas e cobradores não têm treinamento para assaltos

Para presidente do Rio Ônibus, motorista do veículo sequestrado no centro do Rio agiu corretamente ao pedir ajuda à polícia

Por Cecília Ritto Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 10 ago 2011, 16h47

O assalto e o sequestro ao ônibus da viação Jurema, que terminou com cinco feridos na noite de terça-feira, no centro do Rio, reacende nos cariocas o medo de ataques ao transporte coletivo. Desde a tragédia do ônibus 174 as empresas e autoridades de segurança tentam criar mecanismos para aumentar a segurança de passageiros e funcionários. Apesar da queda demonstrada nesse tipo de delito nos últimos anos (link para matéria), os ônibus urbanos e intermunicipais ainda estão longe de serem considerados seguros. E os investimentos para isso passam por equipamentos, policiamento e treinamento de pessoal.

Lélis Teixeira é o presidente do Sindicato das Empresas de Ônibus da Cidade do Rio (Rio Ônibus) e também da Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado (Fetranport). Para ele, o motorista que deixou o ônibus e chamou a polícia ao desconfiar dos criminosos agiu corretamente. Teixeira admite que não há treinamento específico para enfrentar esse tipo de situação “Não podemos interferir nesse comportamento porque a segurança é dada pelo poder público”, afirma.

“O motorista, ao perceber que os passageiros poderiam estar em risco, procurou chamar a ajuda especializada, que é da polícia, para oferecer segurança. Foi adequado o comportamento. Não sabemos qual seria o nível de violência que se teria caso a polícia não entrasse em ação”, diz Teixeira.

Na última década, os ônibus urbanos passaram por transformações em favor da segurança. Uma delas foi a mudança da roleta localizada no fundo do coletivo para o começo, perto do motorista. Isso aconteceu ainda no começo dos anos 2000 com o objetivo de tornar o assaltante mais visível aos passageiros. “Quando entrava por trás, o bandido abordava as pessoas de costas. Hoje, ao entrar pela frente, todo mundo vê. Antes de fazermos a mudança, acessamos estudos que informavam ser maior o nível de segurança ao tornar o assaltante aparente”, explica Teixeira.

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Apesar da redução, o roubo a ônibus ainda é um crime freqüente nos 21 mil coletivos que circulam no estado do Rio – 8.500 deles na capital. Atualmente, 90% dos coletivos da cidade têm câmeras e GPS, mas poucas empresas estão conectadas ao Centro de Operações da prefeitura. Segundo Teixeira, até o fim do ano todas devem estar ligadas ao centro. Quando isso acontecer, será possível gerar imagens em tempo real do interior de um ônibus, o que pode ser útil para as estratégias da polícia em um caso como o de terça-feira.

No caso dos ônibus estaduais, a solução é a existente hoje: transmitir as imagens e fornecer os dados do GPS depois do assalto, pois ainda não há um Centro de Operações do estado. Teixeira acredita que os corredores expressos que serão construídos para os eventos esportivos do Rio dificultarão a ação de criminosos. “O sistema de corredores exclusivos não permitirá que o bandido acesse o ônibus durante esse trajeto. E esse sistema não deixa ser possível o motorista desviar de rota”, afirma o presidente dos sindicatos.

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