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Juíza assassinada temia oficial da PM

Advogado da família de Patrícia Acioli reafirma que ela dispensou a escolta por não confiar na pessoa designada para a tarefa pelo Tribunal de Justiça

Por Cecília Ritto Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 16 ago 2011, 18h57

O segurança que a juíza Patrícia Acioli, assassinada na última quinta-feira no Rio de Janeiro, tentou afastar da organização de sua escolta era um oficial da Polícia Militar. A informação do advogado da família de Patrícia, Técio Lins e Silva, corrobora o que parentes dela já diziam no dia do atentado que a matou: a magistrada era ameaçada com frequência, e queria proteção. Mas acabou abrindo mão por não confiar no funcionário incumbido da tarefa no Tribunal de Justiça. Esse policial já havia visitado presidiários condenados por Patrícia e assistido a julgamentos presididos por ela.

Lins e Silva reforça também que as ameaças a Patrícia vinham de longa data. Há aproximadamente dois anos, o nome da juíza surgiu em gravações telefônicas feitas em investigações da Polícia Federal. Na conversa, bandidos a ameaçavam de morte. “A PF encaminhou a informação formalmente, por escrito, para Patrícia”, afirma o advogado.

Na noite de segunda-feira, uma das ligações feitas ao Disque-denúncia informou que detentos do presídio Ary Franco seriam os mandantes do crime contra Patrícia. Segundo a mesma denúncia, as próximas vítimas o deputado estadual Marcelo Freixo, do PSOL, e um juiz federal. Os criminosos agiriam com uma bazuca (um lança-rojão) escondida no município de Niterói. Consta também que os mandantes se comunicaram com os seus comparsas através da internet que, segundo a denúncia, “utilizam 24 horas por dia, de dentro do presídio”. Os executores de Patrícia, receptores da ordem enviada pelo presídio, seriam dois bombeiros e policiais do 7º BPM (São Gonçalo) e 12º BPM (Niterói). O caso é investigado pela Divisão de Homicídios.

Para o deputado Marcelo Freixo, ser incluído em listas negras não é uma novidade, mas sempre um alerta para reforçar a segurança. “Não me surpreende. Qualquer informação, neste momento, é relevante. Sei desde sempre que não sou querido por eles (milicianos), mas dessa denúncia especificamente eu não sabia”, afirma o deputado, que presidiu a CPI das Milícias na Assembleia Legislativa do Rio e indiciou 225 envolvidos.

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Quanto ao juiz federal, a Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe) pediu a sua proteção para a Polícia Federal há duas semanas. A denúncia de segunda-feira, portanto, apenas confirma os grandes riscos a que muitos juízes estão expostos no exercício da sua profissão.

JUÍZES EM PERIGO

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