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Criminoso seria parente de vítima de coronel morto, diz viúva

Segundo a Comissão da Verdade do Rio, Cristina Batista Malhães disse que ouviu um dos criminosos dizer que era parente de pessoa assassinada pelo coronel durante a ditadura militar

Por Da Redação
28 abr 2014, 09h47

A Comissão da Verdade do Rio informou que um dos invasores do sítio do coronel da reserva do Exército Paulo Malhães, encontrado morto na sexta-feira, disse ser parente de alguém que o oficial teria assassinado. A afirmação, ouvida pela viúva do oficial, Cristina Batista Malhães, reforça a hipótese de vingança, apesar da polícia ter dito que a hipótese de latrocínio (roubo seguido de morte) representa a principal linha de investigação do caso.

Cristina foi mantida presa pelos três invasores armados, ao lado de Malhães e do caseiro, identificado pela polícia apenas como Rogério. A viúva ouviu do mesmo homem referências ao município de Duque de Caxias durante o assalto.

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A invasão aconteceu na quinta-feira no sítio onde o casal morava na zona rural de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. Em depoimento à polícia, a viúva contou que os criminosos chegaram a tentar enforcar Cristina para forçar o coronel a revelar onde guardava sua coleção de armas, apontada como principal interesse dos ladrões. Depois de fugirem, constatou-se que o oficial, deixado de bruços com o rosto sobre um travesseiro, havia morrido. A guia de sepultamento divulgada no sábado apontou como causa complicações cardíacas. A Polícia investiga a possibilidade de asfixia. Somente um laudo definitivo do Instituto Médico-Legal determinará o que matou o militar.

O coronel foi enterrado no sábado em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, no mesmo dia em que a Polícia Civil fez uma perícia no sítio. Os criminosos levaram, além das armas, dois computadores, joias e dinheiro. Os invasores ficaram no local das 13h às 22h, tempo demasiado para um roubo corriqueiro, acredita a polícia. Um deles estava mascarado e todos, segundo a Polícia, usavam luvas. Do lado de fora, teriam ficado mais duas pessoas, supostamente responsáveis pela fuga.

A Comissão da Verdade do Rio reúne-se nesta segunda para discutir a possibilidade de pedir o acompanhamento de perto das investigações. Os conselheiros, que não descartam a possibilidade de motivação política para o crime, vão discutir se enviam um ofício com o pedido ao secretário de Segurança, José Mariano Beltrame.

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Depoimento – Ex-integrante de órgãos de repressão do regime militar de 1964-85, Malhães admitiu ter participado da tortura, assassinato e desaparecimento de militantes políticos em depoimento à Comissão Nacional da Verdade, em março. Ele contou detalhes sobre o funcionamento da Casa da Morte de Petrópolis, na Região Serrana fluminense, um centro clandestino de tortura e homicídios, e afirmou que foi encarregado pelo Exército de desenterrar e sumir com o corpo do deputado Rubens Paiva, desaparecido em 1971.

(Com Estadão Conteúdo)

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