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Governo paulista descarta Tropa de Choque em novo protesto

Autoridades e líderes dos manifestantes devem se reunir nesta segunda-feira para discutir trajeto. Há manifestações previstas também para as cidades de Brasília, Belo Horizonte, Curitiba e Rio de Janeiro

Por Da Redação
17 jun 2013, 09h04

O governo de São Paulo descarta usar novamente a Tropa de Choque e bombas de efeito moral no protesto marcado para esta segunda-feira. A previsão, segundo os organizadores, é que manifestação desta segunda deve ser a maior das já organizadas pelo Movimento Passe Livre.

“Acreditamos que não será necessário [usar setores como o Choque] porque a manifestação se dará de forma ordenada”, disse o secretário de Segurança Pública, Fernando Grella Vieira. “Temos convicção, certeza de que a manifestação ocorrerá pacificamente”, reiterou Grella. A última manifestação contra o aumento da tarifa de ônibus e metrô, na quinta-feira passada, foi marcada por uma reação rígida da polícia, que usou homens do Choque e o lançou bombas de efeito moral para impedir que o protesto chegasse até a Avenida Paulista.

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Na sexta-feira, o comandante-geral da Polícia Militar, Benedito Roberto Meira, afirmou que a Tropa de Choque era uma “reserva estratégica” e disse que a ação do grupo poderia ser requisitada no protesto desta segunda-feira. Na coletiva deste domingo, contudo, Meira mudou o discurso: “Nossa expectativa é que essa manifestação seja ordeira e que não haja em hipótese alguma necessidade do emprego da Tropa de Choque”, afirmou. “Nós acreditamos que ela não será utilizada, não será empregada”, completou o coronel.

Reunião – O governo paulista espera os líderes do movimento nesta segunda-feira na Secretaria de Segurança Pública, no centro da cidade, para definição conjunta do trajeto da manifestação. Com o diálogo, segundo Grella, o protesto deverá ser pacífico, sem necessidade de uso de bombas de efeito moral. O secretário também disse que nada está descartado em termos de rota, ao ser questionado se o governo permitiria que a manifestação utilizasse a Avenida Paulista, por exemplo.

“Nós não queremos que se repitam os fatos que aconteceram na semana passada. Nós queremos que a nossa cidade preserve aquilo que é certo e que é natural: uma manifestação livre, legítima, de expressão, de pensamento”, falou o secretário. Perguntado sobre a apuração de eventuais excessos na participação da polícia, Grella respondeu: “Quem se desviou das suas normas de ação e agiu abusivamente tem que responder de acordo com as normas.”

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O comandante-geral da PM, Benedito Meira, afirmou ainda que policiais que não portarem tarjeta de identificação, se reconhecidos por foto ou vídeo, serão responsabilizados. A orientação é para que todos se identifiquem.

Grella autorizou a abertura de investigação para averiguar se houve excessos da PM durante a última passeata que, segundo o Movimento Passe Livre, acabou com mais de cem feridos.

Vinagre – No último ato contra o aumento da tarifa, participantes do protesto que portavam vinagre – usado para proteção pessoal contra o efeito tóxico de bombas de gás lacrimogêneo – foram detidos. Neste domingo, Grella garantiu que “ninguém será detido por portar vinagre”, mas ressaltou crer que não será necessário que os manifestantes levem o produto para a manifestação.

Prejuízo – Dados oficiais da prefeitura de São Paulo e do governo do estado resumem o prejuízo estimam que em pouco mais de uma semana 209 ônibus foram danificados por chutes, pedradas, pichações e até tentativa de incêndio durante os protestos.

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(Com Estadão Conteúdo)

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