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CE: sem Polícia Civil, moradores não fazem enterros

Embalados pela paralisação dos policiais militares, escrivães e investigadores cruzaram os braços há dois dias; categoria quer dobrar salários

Por Rita de Sousa
5 jan 2012, 21h17

Ao contrário da greve dos policiais militares e bombeiros do Ceará, que levou pânico à ruas, os efeitos da paralisação da Polícia Civil são sentidos de forma bem mais branda pela população. Com a volta dos policiais miltares às ruas, após acordo com o governo, e o reforço na segurança, o temor de assaltos e arrastões passou. Mas os transtornos continuam – agora de outra ordem. Há 1.900 policiais em atuação no Ceará.

Durante a greve da PM, a população adotou uma espécie de toque de recolher informal. A rotina das pessoas foi afetada pelo aumento da violência e pela onda de medo e boatos que tomou conta do estado. Com o fim do movimento, os soldados do Exército e da Força Nacional de Segurança enviados pelo governo federal para reforçar a segurança ainda permanecem no estado, mas fazem apenas a segurança das delegacias. Com escrivães e investigadores de braços cruzados há dois dias na maioria das cinquenta delegacias do estado, os moradores não conseguem registrar boletins de ocorrência nem fazer enterros, por exemplo.

Reivindicações – É a terceira vez que a categoria faz greve em seis meses. Depois de ver a PM conseguir avanços, a Polícia Civil decidiu parar de vez até negociar suas próprias reivindicações – mesmo depois de ver duas paralisações serem consideradas ilegais pela Justiça no segundo semestre de 2011. “O que queremos é um tratamento igualitário”, afirma Érico Ferreira Sales, diretor de Finanças do Sindicato dos Policiais Civis de Carreira do Ceará (Sinpoci). “Afinal, para ingressar na Polícia Civil é necessário ter nível superior, e não é justo que um policial com nível superior receba menos que um com ensino médio – não que a PM não mereça um salário decente”.

O piso salaria de um investigador da Polícia Civil do Ceará é de 2 125 reais. A categoria quer dobrar esse valor para receber o equivalente a 60% do salário de um delegado, que hoje recebe cerca de 7 900 reais por mês, segundo Sales.

Na tarde desta quinta-feira, representantes da categoria e do governo do Ceará reuniram-se para discutir as reivindicações da Polícia Civil, segundo a assessoria de imprensa da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social, e estudar a possibilidade de contratação de escrivães temporários para tocar o trabalho burocrático.

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